James Webb captura "anel cósmico" enfeitado de brilhantes; veja imagem

O efeito, visto pelo telescópio, é na verdade uma ilusão gravitacional

12 jul 2024 - 05h00
Foto: ESA/Webb, NASA & CSA, A. Nierenberg

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou na terça-feira (9) uma imagem capturada pelo Telescópio James Webb: um quasar brilhante que parece um anel "enfeitado com joias".

Conhecido como RX J1131-1231, o quasar está a seis bilhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação Crater. Da perspectiva terrestre, parece que o corpo celeste é um círculo com três pontos brilhantes.

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Segundo o comunicado da ESA sobre a descoberta, os quasares são alimentados por grandes quantidades de gás e poeira que caem no buraco negro supermassivo de uma galáxia, se aquecem e, por isso, ficam brilhantes. 

Porém, o brilho é quase uma ilusão de ótica, ocasionado por uma lente gravitacional, que acontece quando um objeto massivo consegue curvar a luz de um objeto mais distante.

Isso significa que a luz do quasar é deformada pela de uma galáxia que está no meio, aparecendo como um ponto azul no centro do anel, concentrando a luz, como se ela fosse uma lupa.

O fenômeno é muito útil para os astrônomos estudarem esses objetos distantes, pois o efeito faz com que eles pareçam maiores, o que dispõe de mais detalhes para os pesquisadores.Por outro lado, se o alinhamento deles estiver errado, cria ilusões como essa.

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Os três pontos são o quasar, duplicado, duas vezes. Já a parte do anel é a distorção da galáxia mais distante.

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Mesmo assim, a lente gravitacional permite a observação de partes muito próximas do buraco negro em quasares distantes, segundo a ESA.

Estudar as emissões de raios X desses quasares pode revelar a velocidade de rotação do buraco negro e como ele se formou.

Alguns buracos negros se formam aos poucos, acumulando pequenas quantidades de matéria de direções aleatórias, conforme o tempo passa. Porém, este buraco negro específico está girando com mais da metade da velocidade da luz. Isso indica que ele provavelmente se formou a partir de fusões entre galáxias. 

A imagem foi capturada usando o Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) do Telescópio James Webb, como parte de um estudo relacionado a matéria escura.

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Essas observações podem ser uma contribuição inestimável para essa pesquisa, enquanto os astrônomos exploram os quasares para desvendar os segredos dessa substância invisível.

Esta imagem foi feita usando o Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) do James Webb, como parte de um estudo mais amplo sobre matéria escura.

Fonte: Redação Byte
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