Las Vegas é dominada por 'enxame' de drones na CES 2015

8 jan 2015 - 17h30
(atualizado às 19h35)
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Pela primeira vez, a grande feira de eletrônica de consumo dedica um espaço aos "sistemas não tripulados"
Foto: AP

Em um trecho empoeirado do deserto de Nevada, um drone quadricóptero levanta uma pequena nuvem de poeira e decola. Depois, ele segue seu operador em uma viagem por um campo plano, filmando o movimento do alto, a curta distância.

O drone AirDog foi projetado para capturar a intensidade dos esportes de aventura, difíceis de registrar, como o surfe, o esqui, o ciclismo de estrada e atividades similares.

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"Sentimos que poderíamos mudar a forma como o vídeo é capturado nos esportes de ação", contou Agris Kipurs, cofundador da marca AirDog, radicada na Califórnia e cujos produtos começarão a funcionar em modo beta ao longo deste ano.

O AirDog é um dos vários drones exibidos no Salão Internacional de Artigos Eletrônicos CES-2015 esta semana, em Las Vegas (Nevada, leste dos EUA).

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Tem como objetivo ser uma "experiência não assistida, isto é, que tudo o que se necessita é um dispositivo de rastreamento no pulso", explicou Kipurs a um jornalista da AFP, durante demonstração no deserto, nos arredores de Las Vegas.

Espaço dedicado

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Pela primeira vez, a grande feira de eletrônica de consumo dedica um espaço aos "sistemas não tripulados", em toda sua variedade de formas e tamanhos. Mais de uma dúzia de empresas, os dispositivos voadores para usos que vão de brinquedos de controle remoto a filmadoras profissionais para usos industriais e agrícolas.

O drone Hexo+, da companhia franco-americana Squadrone System, é outro em exibição que pode ser programado previamente para seguir e filmar uma pessoa ou objeto de qualquer ângulo concebível, através de um smartphone.

Em uma categoria similar, a mostra também contou com a presença do drone Nixie, uma câmera voadora que é lançada do pulso do usuário e que ganhou no ano passado uma concorrência tecnológica de artigos 'vestíveis', patrocinada pela Intel.

"Pensamos que os drones têm a possibilidade de mudar nossas vidas de forma positiva", disse o chefe-executivo da Intel, Brian Krzanich, em um discurso na CES, onde demonstrou que os drones da Ascending Technologies e operados pela Intel superavam os obstáculos no cenário.

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Drones dentro da lei

Com as incertezas sobre as regulações americanas relativas aos drones, alguns desenvolvedores estão procurando formas de evitar punições.

O drone Zano, considerado um nano-drone, projetado para fazer fotos aéreas e "selfies" - que em alguns meios de comunicação estão ganhando o nome de "dronie"- , pesa apenas 55 gramas. Este peso está abaixo do atual limite de 60 gramas que estabelece a regulamentação americana, disse Thomas Dietrich, diretor de design do britânico Torquing Group.

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"Comprimimos muita tecnologia em um pacote bem pequeno", disse Dietrich. "É um dispositivo inteligente. Baseia-se completamente na gesticulação e consegue evitar obstáculos", acrescentou.

Com um custo de US$ 279, acrescentou, o drone "pode ser comprado por qualquer um".

O grupo francês de eletrônica Parrot também exibe uma ampla gama de drones. "O ano passado foi muito bom" em vendas, disse seu diretor de marketing, Nicolas Halftermeyer.

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Parrot introduziu recentemente seu drone Bebop para o segmento de consumo, que filma vídeos de alta definição e é controlado de um tablet ou smartphone. A empresa também vende um drone de cartografia profissional, chamado eBee, e outro projetado para uso na agricultura, denominado eBee Ag.

Novos mercados

A Associação de Consumidores de Artigos Eletrônicos (CEA, em inglês), que organiza a mostra, indicou que o mercado para estes dispositivos está alcançando novas dimensões, à medida que esta tecnologia idealizada para aeronaves militares é adaptada para atividades industriais e de consumo.

Segundo a pesquisa da CEA, o mercado global de consumo de drones terá lucros de 130 milhões de dólares em 2015, 55% a mais do que o registrado em 2014, quando a expectativa por vendas unitárias dos drones beirava os 400.000.

Espera-se que os ganhos pela venda de drones alcançarão até US$ 1 bilhão em apenas cinco anos, informou a CEA.

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