Um lançamento chinês de dois satélites do sistema de radionavegação Beidou, a bordo de um foguete Long March 3B, resultou em fragmentos caindo na Terra em área florestal na província de Guangxi, na China, no dia 26 de dezembro.
Vários cidadãos da China compartilharam imagens de lixo espacial derivado de um foguete produzido no país caindo na Terra, no dia 26 de dezembro.
Os fragmentos atingiram uma área florestal na província de Guangxi e explodiram em uma bola de fogo, o que deixou muitos espectadores espantados. Outros pedaços de destroços caíram perto de uma casa.
Não há informações, no entanto, se alguém se feriu no acidente.
And someone's house got a dose of sky-delivered hypergols https://t.co/owyNJEm70l pic.twitter.com/XsaNz42bvQ
— Andrew Jones (@AJ_FI) December 26, 2023
Lançamento chinês
A China lançou dois satélites a bordo de um foguete Long March 3B logo após o Natal. Os aparelhos fazem parte do sistema de radionavegação por satélite Beidou.
As autoridades alertaram que os restos do foguete atingiriam a água, mas não mencionaram a probabilidade de atingirem a parte terrestre.
Anteriormente, o país já foi criticado por seus detritos espaciais caindo sobre a Terra em áreas habitadas.
Para se ter ideia, a Nasa afirma que cerca de 23 mil pedaços de detritos maiores que uma bola de softball orbitam a Terra.
Lixo espacial
As agências espaciais, como a Nasa, têm programas para tentar garantir que quaisquer detritos de foguetes se desintegrem em pedaços menores ao reentrar na atmosfera da Terra.
Qualquer detrito que não caia de volta na Terra começa a orbitar nosso planeta, tornando-se lixo espacial.
Esses fragmentos flutuam no espaço centenas de quilômetros acima do planeta, arriscando-se a colidir com satélites ou até mesmo com uma estação espacial.
Em 2020, destroços de uma Long March 5B caíram sobre aldeias na Costa do Marfim, danificando vários edifícios. Em 2922, cientistas chineses lançaram uma “vela de arrasto” para “limpar” a órbita da Terra, diminuindo o tempo em que os detritos ficam no espaço.