O Google está sendo processado por “lucro injusto” em seus jogos “freemium” disponíveis na loja da empresa para aparelhos móveis, a Play Store, com cobranças nos aplicativos sem conhecimento dos pais. A ação foi apresentada na Califórnia, estado que sedia o Google, por Llana Imber-Gluck, uma mãe nova iorquina que teve gastos de US$ 68,95 feitos por seu filho ao comprar a moeda virtual “Crystal” para jogar o “Marvel Run Jump Smash!”, sem sua permissão.
De acordo com a advogada do caso, Shanon J. Carson, o Google lucra “injustamente com o marketing gratuito ou jogos de baixo custo para crianças”, com isso permite a elas “acumular cobranças desnecessária de moeda nos jogos, falhando ao adicionar controles razoáveis como um simples uso de senha”.
Os jogos freemium são aplicativos gratuitos, mas que podem ter cobranças futuras à medida que o usuário avança no jogo, procura por mais funcionalidades ou vantagens e bens virtuais. Um caso conhecido é do “Candy Crush Saga” que é gratuito, mas, ao terminar com suas ‘vidas’ o usuário pode adquirir mais comprando com moedas virtuais no cartão de crédito previamente cadastrado.
Para baixar jogos, filmes, músicas e livros, é preciso cadastrar algum formato de pagamento que quando cobrado pede senha para prosseguir com a compra. No entanto, a defesa de Carson se baseia que o Google permite ao usuário efetuar mais compras sem digitar novamente a senha em um período de trinta minutos.
O escritório de advocacia de Carson, Berger & Montague, já entrou com ação similar no ano passado contra a Apple. Como resultado, a empresa produtora do iPhone e iPad perdeu a ação, teve que pagar US$ 32,5 milhões aos usuários em janeiro de 2014 e precisou mudar suas regras na cobrança de moedas virtuais dentro dos jogos.
Ainda segundo a advogada, o Google deve mudar suas regras de cobrança. “O Google está ciente que seu principal competidor, a Apple, tomou ações para acabar com essa prática injusta, e o Google deve fazer o mesmo”, afirma a advogada.