Maior banco do mundo contou com pendrive para resolver ataque hacker

Bloqueio ao sistema do ICBC fez com que os registros de negociações com os Treasuries fossem transferidos para o pequeno dispositivo

14 nov 2023 - 11h42
Registros de transações do maior banco do mundo foram salvos em pendrive para proteger dados após ataque hacker
Registros de transações do maior banco do mundo foram salvos em pendrive para proteger dados após ataque hacker
Foto: Rudy Skitterians/ Pixabay / Tecnoblog

Após o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês) — o braço americano do ICBC, o maior banco do país asiático — ter sido atingido por um ataque de ransomware (sequestro virtual) na quinta-feira (9), foi preciso contar com a ajuda de um pendrive para salvar o banco do colapso.

O ataque cibernético aconteceu em um momento de grandes preocupações com a resistência do mercado de títulos dos EUA (Treasuries), essencial para as finanças globais.

Publicidade

O bloqueio ao sistema do ICBC fez com que os registros de negociações com os Treasuries fossem transferidos para o pequeno dispositivo, que não tem acesso à internet.

Para impedir o vazamento de informações confidenciais, os registros foram transferidos fisicamente para um pendrive – e um mensageiro do banco estabeleceu contato de forma presencial com corretoras e outros agentes do mercado de renda fixa nos EUA.

O ICBC pagou resgate aos criminosos cibernéticos, afirmou um representante do grupo responsável por ransomwares Lockbit nesta segunda-feira (13), em um comunicado que a Reuters não conseguiu verificar de maneira independente.

A Lockbit hackeou algumas das maiores organizações do mundo nos últimos meses, roubando e vazando dados sensíveis em casos em que as vítimas se recusaram a pagar os resgates.

Publicidade

Flipper Zero: 5 funções do aparelho hacker proibido Flipper Zero: 5 funções do aparelho hacker proibido

O apagão no sistema do banco o deixou devendo temporariamente US$ 9 bilhões (aproximadamente R$ 44 bilhões) ao BNY Mellon. Entretanto, a situação já foi contornada.

Segundo a agência de notícias Reuters, após o ataque, até mesmo o e-mail corporativo da empresa deixou de funcionar, forçando os funcionários a mudarem para o Gmail.

“O mercado está em grande parte de volta ao normal agora”, disse Zhiwei Ren, gestor de portfólio na Penn Mutual Asset Management, à Reuters.

Fonte: Redação Byte
TAGS
É fã de ciência e tecnologia? Acompanhe as notícias do Byte!
Ativar notificações