Maior que a Terra: o que é a Grande Mancha Vermelha, vista pelo James Webb

Círculo branco que aparece nos registros feitos pelo supertelescópio é uma tempestade anticiclônica pouco maior que nosso planeta

22 ago 2022 - 15h39
(atualizado às 15h40)
Foto de Júpiter tirada pelo telescópio James Webb nesta semana - à direita, é possível ver a Grande Mancha Vermelha
Foto de Júpiter tirada pelo telescópio James Webb nesta semana - à direita, é possível ver a Grande Mancha Vermelha
Foto: Divulgação / Nasa

Imagens inéditas de Júpiter foram capturadas pelo telescópio espacial James Webb e divulgadas nesta segunda-feira (22) pela agência espacial norte-americana Nasa — responsável pelo desenvolvimento do supertelescópio ao lado das agências europeia e canadense.

Nas fotos, as faixas de cores do astro aparecem mais destacadas, devido aos três filtros do observatório usados para a captura das imagens. Nelas, também se pode observar os anéis de Júpiter e algumas de suas luas, além da Grande Mancha Vermelha.

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Região de alta pressão presente na atmosfera do planeta, a Grande Mancha Vermelha é uma tempestade anticiclônica com ventos que podem ultrapassar os 500 km/h e com um diâmetro de um pouco superior ao da Terra. Ele já foi o equivalente a mais do dobro do nosso planeta, mas está diminuindo progressivamente.

Grande Mancha Vermelha vista pela sonda Juno via JunoCam, em abril de 2018
Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran

Segundo o site The Conversation noticou em outubro do ano passado, a mancha vem encolhendo constantemente na direção leste-oeste por décadas. Encontros recentes da tempestade com ciclones menores levaram a enormes flocos de material avermelhado sendo retirados do local. Cientistas acreditam que a tempestade está morrendo e pode desaparecer em algumas décadas.

Apesar de seu tamanho e imponência em relação à Terra, a Grande Mancha Vermelha aparece, nas imagens, como um círculo branco, do lado direito, um pouco abaixo do centro. Lembramos que Júpiter tem mais de 11 vezes o diâmetro da Terra.

A captura foi feita com a Near-Infrared Camera (NIRCam) do observatório, cujos três filtros infravermelhos puderam registrar os detalhes de Júpiter. Como a luz infravermelha é invisível ao olho humano, esses dados precisaram ser “traduzidos” para o nosso espectro visível.

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Em julho deste ano, a Nasa já havia divulgado os primeiros registros em infravermelho do astro. De acordo com a agência, registros como esses podem fornecer ainda mais informações para pesquisas sobre o planeta.

Fonte: Redação Byte
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