Imagens inéditas de Júpiter foram capturadas pelo telescópio espacial James Webb e divulgadas nesta segunda-feira (22) pela agência espacial norte-americana Nasa — responsável pelo desenvolvimento do supertelescópio ao lado das agências europeia e canadense.
Nas fotos, as faixas de cores do astro aparecem mais destacadas, devido aos três filtros do observatório usados para a captura das imagens. Nelas, também se pode observar os anéis de Júpiter e algumas de suas luas, além da Grande Mancha Vermelha.
Região de alta pressão presente na atmosfera do planeta, a Grande Mancha Vermelha é uma tempestade anticiclônica com ventos que podem ultrapassar os 500 km/h e com um diâmetro de um pouco superior ao da Terra. Ele já foi o equivalente a mais do dobro do nosso planeta, mas está diminuindo progressivamente.
Segundo o site The Conversation noticou em outubro do ano passado, a mancha vem encolhendo constantemente na direção leste-oeste por décadas. Encontros recentes da tempestade com ciclones menores levaram a enormes flocos de material avermelhado sendo retirados do local. Cientistas acreditam que a tempestade está morrendo e pode desaparecer em algumas décadas.
Apesar de seu tamanho e imponência em relação à Terra, a Grande Mancha Vermelha aparece, nas imagens, como um círculo branco, do lado direito, um pouco abaixo do centro. Lembramos que Júpiter tem mais de 11 vezes o diâmetro da Terra.
A captura foi feita com a Near-Infrared Camera (NIRCam) do observatório, cujos três filtros infravermelhos puderam registrar os detalhes de Júpiter. Como a luz infravermelha é invisível ao olho humano, esses dados precisaram ser “traduzidos” para o nosso espectro visível.
Em julho deste ano, a Nasa já havia divulgado os primeiros registros em infravermelho do astro. De acordo com a agência, registros como esses podem fornecer ainda mais informações para pesquisas sobre o planeta.