Maior seguradora de saúde da Índia diz que recebeu pedido de resgate de US$68 mil após vazamento de dados

12 out 2024 - 14h35

A Star Health, maior seguradora de saúde da Índia, disse no sábado que recebeu um pedido de resgate de 68 mil dólares de um hacker cibernético em conexão com um vazamento de dados de clientes e registros médicos.

A Star, que tem uma capitalização de mercado de aproximadamente 4 bilhões de dólares, está lutando contra uma crise de reputação e negócios desde que a Reuters relatou em 20 de setembro que um hacker usou chatbots do Telegram e um site para vazar dados confidenciais de clientes, incluindo detalhes fiscais e solicitações e reembolsos médicos.

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A empresa, cujas ações caíram 11%, iniciou investigações internas e tomou medidas legais contra o Telegram e o hacker, cujo site continua a compartilhar amostras de dados de clientes da Star.

A Star, que já havia dito ser "vítima de um ataque cibernético malicioso direcionado", revelou no sábado pela primeira vez que em agosto "o agente da ameaça exigiu um resgate de 68.000 dólares em um e-mail" endereçado ao diretor administrativo da empresa e ao seu presidente-executivo.

A declaração foi feita depois que as bolsas de valores indianas pediram esclarecimentos à Star, na sexta-feira, sobre uma reportagem da Reuters que dizia que a empresa estava investigando alegações de que seu diretor de segurança estava envolvido no vazamento de dados.

A Star reiterou no sábado que não encontrou nenhuma irregularidade por parte do funcionário, Amarjeet Khanuja, embora a investigação interna esteja em andamento.

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O Telegram se recusou a compartilhar os detalhes da conta ou banir permanentemente as contas vinculadas ao hacker -- um indivíduo apelidado de xenZen -- "apesar dos vários avisos emitidos a esse respeito", disse a Star no sábado.

A Star disse que "buscou a assistência" das autoridades indianas de segurança cibernética para "nos ajudar a identificar" o hacker.

O Telegram não respondeu a um pedido de comentário.

O aplicativo de mensagens com sede em Dubai disse anteriormente que removeu os chatbots quando a Reuters os sinalizou para a plataforma.

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