O ano de 2013 foi um marco importante para a indústria dos livros digitais, os e-books. De acordo com um estudo da consultoria alemão Rüdiger Wischenbart, cerca de 2,5 milhões de edições foram vendidas no ano passado, o que equivale a 2,5% do mercado editorial brasileiro.
O principal motivo para o crescimento nas vendas foi que a Amazon, Apple, Kobo e Google operaram no ano inteiro de 2013, depois de inaugurar suas lojas de e-book no País em 2012. Também faz parte do mercado brasileiro a Saraiva, que já tem um papel no cenário digital de livros desde 2010.
Embora não existam dados oficiais, a estimativa da consultoria é de que a Amazon tenha 30% do mercado de e-books no Brasil, seguida da Apple com outros 30%, Saraiva (15%), Google (15%), Kobo (5%) e outros (5%). O mercado está avaliado em US$ 3,7 milhões, considerando a receita das principais empresas com as vendas.
Embora o comércio de e-books ainda esteja caminhando devagar no País, a expectativa é positiva. A Amazon começou a trazer seus e-readers Kindle para o Brasil em fevereiro, e o crescimento da venda de tablets é outro sinal de que este mercado tem potencial. De acordo com dados do IDC, 7,9 milhões de tablets foram vendidos no País em 2013 e a expectativa é de venda de 10,9 milhões de unidades em 2014. Isso explica a participação da Apple e do Google no mercado brasileiro.
Compras de livros digitais pelo governo brasileiro também devem impulsionar a indústria, segundo o estudo. Em 2012, o setor público gerou 26,4% das receitas das editoras de e-books. Um exemplo da participação do governo é o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que prevê o uso das edições digitais em escolas públicas para 2015. Na metade de 2013, editoras já enviaram edições com conteúdo educacional para serem avaliadas para o programa.