O Mobile World Congress (MWC), o maior evento de tecnologia móvel do planeta, promete reunir mais de 80 mil participantes de centenas de países em Barcelona, na Espanha. A feira anual retoma suas atividades presenciais nesta segunda-feira (27) e acontece até a quinta-feira (2).
Algumas novidades em tecnologia em destaque na edição de 2023 são novos smartphones dobráveis e um robô humanoide da Xiaomi, além de conectividade para 5G e metaverso. Veja os pontos principais esperados.
Motorola, Xiaomi e mais lançamentos
Grandes fabricantes de celulares estarão presentes no evento divulgando novos aparelhos e tendências para o mercado, como telas dobráveis. A chinesa Xiaomi está revelando a nova linha 13. É esperado que a empresa leve para o MWC outros modelos de smartphones da sua linha mais barata, a Redmi.
Não serão só celulares que a Xiaomi apresentará no evento. A gigante chinesa levaria mais informações sobre seu robô humanoide: o CyberOne conta com tecnologia autônoma e pode ser um concorrente do Optimus, produto da Tesla, de Elon Musk.
É esperado que a Motorola apresente o novo Moto Edge 40 Pro, telefone que vem sendo testado pela marca. Segundo rumores, ele deve chegar com Android 13 e o processador Snapdragon 8 Gen 2. Por ora, já trouxe o Rizr, smartphone com tela enrolável que se expande quando o usuário precisar. Com o clique de um botão, a tela desenrola e passa de 5 para 6,5 polegadas em aspecto 22:9.
A Tecno também aproveitou o evento para apresentar uma nova tecnologia para implementar o visual dos celulares: a Chameleon Coloring Technology promete trocar a cor do smartphone.
A novidade contará com um prisma de controlador elétrico, que usa uma grade de material com capacidade de se alterar por meio da aplicação de um campo elétrico.
Conhecida por ser uma das maiores fabricantes de chips do mundo, a Qualcomm anunciou uma parceria com Honor, Motorola, Nothing, Oppo, Vivo e Xiaomi para disponibilizar uma solução que permita a comunicação via satélite em smartphones. Ele visa aproveitar a Snapdragon Satélite, uma vez que a solução da Qualcomm é a primeira a ter capacidade de trabalhar com mensagens bidirecionais.
A fabricante Honor também promete destaque no MWC com lançamento internacional do smartphone dobrável Honor Magic Vs, já disponível na China.
A OnePlus já iniciou sua participação apresentando seu mais novo celular: o OnePlus 11 Concept. Ele vem com a tecnologia Active CryoFlux, o primeiro sistema de resfriamento líquido ativo em um smartphone. A ideia é obter quedas significativas de temperatura que beneficiariam tarefas que costumam estressar o aparelho, como jogos e carregamento do telefone.
Referência em smartphones, a sul-coreana Samsung não deve trazer grandes lançamentos, mas terá estande com produtos lançados no começo do ano, como a linha premium Galaxy S23 e a série de laptops Galaxy Book 3.
Conectividade
A conexão 5G deve ser um dos principais pontos de debate, uma vez que alguns países (como o Brasil) acabaram de se conectar à rede, e já se fala em avanço para o 6G.
O evento também deve abordar o desligamento das redes 3G e 4G, ainda que muitos achem que a decisão seja precipitada. Afinal, nem todas as regiões do mundo receberam total cobertura 5G ainda.
Metaverso
Assunto que tem pautado o mundo da tecnologia nos últimos anos, o metaverso aparece entre os destaques do MWC 2023. Isso porque esse conceito com as realidades virual e aumentada requer um esforço maior da infraestrutura de telefonia.
A Telefónica está levando um estande de teste do metaverso. Ele permite o acesso a um espaço virtual inspirado no estande físico. Dentro da plataforma digital, o público pode falar com especialistas e assistir a apresentações. Ele está disponível para celular e web pelos links metaverso.telefonica.com e www.telefonica.com/en/mwc.
Big techs
Na cerimônia de abertura do evento, um recado direcionado às big techs foi dado por José Maria Álvarez-Pallete, CEO da Telefonica e conselheiro da GSMA, instituição que congrega as teles e organiza o MWC.
Álvarez-Pallete disse que "é hora de colaboração entre empresas de tecnologia, big techs e indústria". Segundo ele, "a computação de nuvem mudou o patamar, mas não vai ser o suficiente com todo o tráfego que a Web 3.0 deve gerar", disse.