Uma equipe de arqueólogos peruanos divulgou, na terça-feira (26), os achados de uma pesquisa que envolve a descoberta de uma múmia bem preservada de um adolescente, que teria vivido entre 800 e 1.200 anos atrás, nas proximidades de Lima, capital do país.
A exploração foi feita durante uma escavação no sítio arqueológico de Cajamarquilla, que abrigou uma cidade de 167 hectares construída de barro por volta de 200 a.C., no período pré-inca, e ocupada até cerca de 1500, por uma população de 10.000 a 20 mil pessoas.
O local fica a 24 km a leste da capital Lima e é um dos maiores complexos arqueológicos do Peru.
Escavações
Fragmentos de pele e tufos de cabelo permaneceram nos braços e pernas do adolescente, enquanto a cabeça, que estava separada do corpo, apresentava cabelos bem preservados. Partes de dentes também foram encontrados na mandíbula do jovem.
Segundo Yomira Huaman, líder da equipe de escavação, a múmia estava enterrada em uma cova de aproximadamente dois metros de profundidade, coberta por uma grande rocha.
"A descoberta é muito importante porque está bem preservada", disse a cientista, que que lidera uma equipe de arqueólogos da Universidade de San Marcos, em Lima.
Características da múmia
Os restos mortais seriam de uma pessoa que teria cerca de 12 ou 13 anos e altura aproximada de 1 metro e 30 centímetros.
O alto teor de sal da areia na área, segundo Huaman, pode ter causado a mumificação natural do jovem, cujo sexo não foi determinado. Junto à múmia, a equipe encontrou uma arma de pedra, um prato, uma agulha de cobre e restos de tecido, milho e pimenta.
A descoberta é considerada pelos especialistas uma importante contribuição para a compreensão da vida e dos costumes da época em que o adolescente viveu. Em fevereiro de 2022, foram encontradas 20 múmias, incluindo oito de crianças, no mesmo sítio arqueológico.