Em um e-mail enviado a sua equipe em janeiro, Elon Musk destacou a crescente influência e poder do X, antigo Twitter, mas admitiu que as finanças não estão boas. "O crescimento de usuários está estagnado, a receita é pouco impressionante e mal estamos no ponto de equilíbrio," escreveu no e-mail, revisado pelo jornal americano The Wall Street Journal.
No e-mail, Musk reconheceu, no entanto, a recuperação atual da empresa. "Nos últimos meses, testemunhamos o poder do X em moldar conversas e resultados nacionais," escreveu.
O aparente estágio de recuperação do X é um bom momento para que os bancos vendam parte da dívida sem grandes perdas. Os bancos de Wall Street que financiaram a compra do então Twitter estão agora tentando se desfazer de uma parte dessa dívida, segundo reportagem do jornal.
Morgan Stanley, Bank of America e Barclays estão entre os bancos que emprestaram dinheiro a Musk para financiar a compra do Twitter por US$ 44 bilhões em 2022. Cerca de US$ 13 bilhões emprestados por instituições financeiras ajudaram a pagar pelo negócio.
Desde então, a situação financeira do X não tem sido estável, o que gerou dificuldades para os bancos que financiaram a compra, já que esses empréstimos estão em risco de não serem totalmente pagos devido ao baixo desempenho da empresa. Agora, eles planejam vender a dívida "sênior" por um valor de 90-95 centavos por dólar, diz a reportagem.
Os banqueiros do Morgan Stanley entraram em contato com investidores antes de uma venda planejada para a próxima semana, envolvendo até US$ 3 bilhões da dívida. Recentemente, bancos também venderam aproximadamente US$ 1 bilhão da dívida em uma transação privada para vários investidores.
De acordo com o jornal, para vender a dívida, os banqueiros precisarão convencer investidores de que as finanças da empresa se estabilizaram. "O recente aumento de poder de Musk e sua aliança com o presidente Trump parecem ter ajudado a mudar a narrativa sobre as perspectivas do X", escreve a reportagem.
Investidores têm procurado os bancos e mostrado interesse em comprar a dívida da empresa, acreditando que as finanças estão em trajetória de recuperação, afirmou uma das fontes ao Wall Street Journal.
