Sabemos que algumas raças de cachorro, como pug e buldogue, enfrentam dificuldades para respirar devido a seus focinhos extremamente achatados. Mas você sabia que o mesmo também pode ocorrer em gatos?
É o que acontece com bichanos comuns em muitos lares, como o gato persa, o exótico de pelo curto e algumas variações do birmanês.
A ONG britânica RSPCA (do inglês Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals) alerta para o aumento da procura por raças do tipo, principalmente devido à popularidade de tais tipos de gato entre as celebridades nas redes sociais.
Houve um aumento de 92% no número de gatos persas sob os cuidados da instituição de caridade de 2018 a 2022.
“Infelizmente, os persas e outros gatos de 'cara chata' tornaram-se cada vez mais populares à medida que as pessoas pensam que os atributos físicos que na realidade os fazem sofrer são fofos”, diz Alice Potter, especialista em bem-estar de gatos da RSPCA, ao The Daily Mail.
"Embora saibamos que muitas pessoas amem esses gatos e sejam proprietários muito atenciosos, criar características que comprometem a saúde e o bem-estar é errado", completa.
Os rostos achatados dos bichos os colocam em maior risco de problemas graves de saúde, incluindo a Síndrome Obstrutiva das Vias Aéreas Braquicefálicas (BOAS), segundo a RSPCA.
“BOAS é o termo clínico utilizado para descrever o impacto das cabeças encurtadas dos animais braquicefálicos na passagem do ar”, diz a ONG website.
Os principais sinais de BOAS em gatos incluem bufar ou roncar, dormir ou deitar em posições estranhas, manter a boca aberta com brinquedos para tentar dormir com mais conforto ou ter dificuldade para respirar durante o exercício e até mesmo desmaiar.
“Queremos que os criadores priorizem a saúde e o bem-estar dos animais e não os criem com base em características que, infelizmente, podem causar-lhes sofrimento”, acrescentou a especialista da RSPCA,