A Apple vai defender uma reforma tributária abrangente perante uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos na terça-feira, tornando-se a mais recente empresa de tecnologia a enfrentar questionamento sobre suas práticas fiscais offshore.
Uma investigação do Congresso americano apontou que a Apple, que se tornou a empresa mais rentável dos Estados Unifos, evitou pagar bilhões de dólares em impostos no país e ao redor do mundo através de uma rede de filiais.
Segundo o relatório, a investigação descobriu três subsidiárias que não têm "residência fiscal" na Irlanda, onde elas estão incorporados, ou nos Estados Unidos, de onde executivos da Apple gerem essas empresas. A principal subsidiária, uma holding que inclui as lojas de varejo da Apple em toda a Europa, não pagou qualquer tipo de imposto nos últimos cinco anos. "A Apple tem explorado uma diferença entre irlandeses e regras de residência fiscal dos EUA", disse o relatório.
Em um depoimento divulgado um dia antes da fala do presidente-executivo da companhia, Tim Cook, diante do subcomitê permanente de investigações, a Apple disse que não se vale de "truques fiscais", como mover a propriedade intelectual para paraísos fiscais ou usar contas correntes nas Ilhas Cayman, e que vai pagar mais de US$ 7 bilhões em impostos dos EUA no ano fiscal de 2013..
Cook enfrentará perguntas dos legisladores sobre recursos de sua companhia no exterior e contas fiscais. As audiências no subcomitê focarão em como e por quê as companhias norte-americanas mantêm recursos no exterior para reduzir seu pagamento de impostos.
Funcionários da subcomissão do Congresso afirmaram nesta segunda-feira que a Apple não estava quebrando todas as leis e tinha cooperado plenamente com a investigação.