Tim Cook, CEO da Apple, respondeu nesta terça-feira (21), na Subcomissão Permanente de Investigações do Senado americano, com veêmencia as acusações do governo dos Estados Unidos de que a empresa utiliza algumas filiais no exterior para evitar o pagamento de impostos. O comitê liderado pelos senadores Carl Levin, do partido democrata e John McCain, republicano, disseram, após investigação, que a Apple mantinha bilhões de dólares em lucros em subsidiárias irlandesas para evitar impostos nos Estados Unidos.
O senador Carl Levin, que conduziu diversas investigações sobre assuntos fiscais como chairman do Subcomitê Permanente de Investigações, disse que a Apple desviou bilhões de dólares em lucros no exterior para evitar impostos norte-americanos em escala maciça. Somente em 2012, segundo Levin, a Apple evitou pagar 9 bilhões de dólares em impostos dos EUA.
Tim Cook foi enfático na defesa da empresa. Falou da contribuição da Apple para a economia dos EUA, dizendo que a empresa cria milhares de empregos, graças aos novos produtos e serviços, como a App Store. Ele também disse que a empresa apoia uma simplificação "dramática" das leis tributárias dos EUA.
"Nós pagamos todos os impostos que devemos. Cada dólar. Não dependemos de truques fiscais. Não movemos a propriedade intelectual para o exterior e usamos isso para vender nossos produtos de volta para os Estados Unidos para evitar impostos. Somente no ano passado, pagamos cerca de US$ 6 bilhões para o governo federal. A Apple tornou-se a maior pagadora de imposto nos Estados Unidos. Nós não escondemos dinheiro no Caribe".
Alguns senadores chamaram a empresa de "parasita fiscal", em função das acusações de utilizar as filiais fora dos EUA para evitar o pagamento de tributos ao governo americano.
Peter Oppenheimer, vice-presidente sênior e diretor financeiro da Apple explicou a estrutura das operações domésticas e internacionais da empresa. Falou com detalhes do funcionamento da filial irlandesa, que está no centro das denúncias sobre subsidiárias no exterior. Peter explicou que o controle e gestão desta filial é feito nos EUA, em conformidade com a lei.
"Nossa operação na Irlanda está em plena conformidade com todas as leis, permitindo que a Apple "compartilhe os riscos"de produtos em desenvolvimento".
Peter Oppenheimer concorda um dos grandes subsidiárias irlandesas da Apple não é um residente fiscal de qualquer país, embora os juros auferidos sobre as dezenas de bilhões de dólares que detém é tributado na América.
O comitê e os peritos chamados para depor sobre a possível snoegação de impostos da Apple, reconheceu que a empresa não tem feito nada de ilegal e que utiliza o código fiscal da mesma maneira que outras multinacionais norte-americanas.