Retardatária em smartphones, Nokia aperta passo com atual presidente

22 jul 2013 - 15h21
(atualizado às 15h45)

O presidente-executivo da Nokia, Stephen Elop, relembra uma reunião de agosto de 2011, quando a liderança da empresa esforçava-se para decidir o nome de seu novo smartphone, o primeiro usando o software Windows Phone.

"Nós quase caímos na armadilha que muitas vezes recaiu sobre a Nokia, que foi ... deixar os colaboradores trabalharem um pouco mais porque não conseguíamos chegar a um acordo ", disse Elop. Ao invés disso, ele exigiu uma decisão naquele dia.

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"Por que esperar até amanhã ou na próxima semana? Nós poderíamos tomar a decisão naquele dia. E tomamos." O smartphone Lumia foi o resultado.

Funcionários do alto escalão da Nokia dizem que Elop, contratado em 2010 para impulsionar a outrora líder absoluta em telefones celulares, forçou-os a tomar decisões mais rápidas, o que acelerou tudo, da reestruturação ao desenvolvimento de novos aparelhos.

Não há tempo a perder. A capacidade da Nokia para competir no mercado mundial de smartphones é cada vez mais questionada, com sua participação de mercado em torno de 3 por cento, muito atrás da Samsung e da Apple, que dividem uma fatia de cerca de 50 por cento.

As vendas do Lumia no segundo trimestre ficaram abaixo das estimativas do mercado, e com reservas de caixa caindo, alguns investidores se preocupam com quanto tempo Elop ainda teria disponível para validar sua decisão de adotar o software da Microsoft. A transição para o Windows, que ele disse que levaria dois anos, está agora no terceiro ano.

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A Nokia acelerou o ritmo de lançamento de produtos este ano, incluindo a introdução do Lumia 1020 em 11 de julho, com uma câmera de 41 megapixels.

Elop contou que a empresa gastara 22 meses no obsoleto N8, que utilizava o sistema operacional Symbian e foi lançado logo depois que ele entrou na empresa.

"Alguns de nossos produtos com o Windows Phone têm ciclo de entrega de seis a oito meses. Nós estamos nos movendo muito mais rápido ", disse ele.

A Apple tem lançado um novo iPhone a cada ano, e analistas vem dizendo que a empresa poderá precisar acelerar o ciclo para competir com a frequência e variedade dos lançamentos promovidos pela Samsung.

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