Na quinta-feira, o Twitter anunciou que pretende captar US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões) ao lançar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores americana, se tornando a maior oferta de uma empresa de tecnologia desde que Facebook entrou no mercado ações, em maio de 2012.
O site, fundado há apenas sete anos, teve seu valor estimado em US$ 10 bilhões. Mas como explicar esse valor tão alto? E como exatamente o Twitter consegue gerar lucro? Apesar de seus mais de 218 milhões de usuários por mês, a empresa ainda não faz dinheiro - ainda.
De acordo com documentos fornecidos pelo site a agências reguladoras dos Estados Unidos, o Twitter teve um prejuízo de US$ 69 milhões no primeiro semestre de 2013, diante de uma receita de US$ 254 milhões.
Mas os analistas dizem que a companhia está mostrando sinais sólidos de crescimento, com a receita passando de US$ 28 milhões em 2010 para US$ 317 milhões até o fim de 2012.
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O instituto de pesquisas eMarketer estima que a receita do Twitter obtida pela venda de anúncios crescerá mais de 100% até o fim do ano.
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Quase o total da receita do Twitter - cerca de 85% - vem da publicidade no site. Há três principais maneiras de uma empresa ou uma pessoa anunciar no Twitter: promover um tweet que aparece na timeline das pessoas, promover a conta inteira ou promover as chamadas trends (ou seja, os tópicos mais populares).
O Twitter costuma cobrar de seus anunciantes de acordo com a quantidade de interação que o conteúdo deles gera.
Normalmente, um valor é determinado no começo da campanha e, depois, o anunciante paga por cada vez que alguem clica ou retuíta sua propaganda.
"Uma das vantagens do Twitter para o marketing - em contraposição à propaganda tradicional - é que eles trabalham duro para garantir que o anúncio não seja tão intrusivo", diz Lara O'Reilly, jornalista da Marketing Week, uma revista britânica especializada em na indústria do marketing.
Qualquer coisa que interfira na experiência do usuário do Twitter pode reduzir o engajamento deles, o que acaba afastando os anunciantes, diz Lara.
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"Não é um banner espalhafatoso que entra no meio do que você está lendo. É algo aparenta ser muito nativo do site."
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O Business Insider reuniu informações sobre alguns dos primeiros colaboradores do Twitter e da Odeo, empresa que criou o microblog em primeiro lugar, do cofundador esquecido da companhia, Noah Glass, à gerente de Assistência ao Consumidor, Crystal Taylor, ainda na equipe. Veja quem são eles e o que estão fazendo hoje em dia
Foto: Reprodução
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Florian Weber (@csshsh) ficou no Twitter/Odeo entre março de 2005 e fevereiro de 2007, quando deixou o cargo de desenvolvedor-líder de Ruby on Rails. Hoje, é o executivo-chefe de Tecnologia da Amen, startup que fundou e que foi comprada pela Tape.tv
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Blaine Cook (@blaine) esteve no time do Twitter/Odeo de fevereiro de 2005 a abril de 2008, quando deixou de ser executivo-chefe de tecnologia na companhia. Fundou e hoje atua no Poetica, plataforma para "fazer a internet melhor para escritores", segundo define o usuário número 246 do microblog
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Ray McClure (@rayreadyray), dono da conta número 31 do Twitter, ficou na empresa de dezembro de 2004 a abril de 2007, deixando o cargo de desenvolvedor Actionscript. Fundou, então, a Secret Feature, e trabalha como desenvolvedor para a empresa
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Tim Roberts (@timroberts) ocupava a vice-presidência de Produto e Marketing em setembro de 2006, quando deixou a empresa após quase dois anos de participação - iniciados em dezembro de 2005. Hoje é vice-presidente de Interatividade da FitBit - sua conta na rede social de 140 caracteres é a de número 22
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Evan "Rabble" Henshaw-Plath (@rabble) chegou ao Twitter/Odeo em dezembro de 2004, e era desenvolvedor-líder em junho de 2006 quando deixou a companhia. Hoje é executivo-chefe de Tecnologia da Neo
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Dom Sagolla (@dom), número 21 entre as contas criadas no Twitter, chegou em outubro de 2005 e saiu menos de um ano depois, em maio de 2006, como chefe de qualidade. Depois, criou a Hackathon e hoje atua como diretor-chefe de Comunidade na Chaotic Moon Studios
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Evan "Ev" Williams (@ev), o 20° a ter um perfil no microblog, fundou a Odeo em 2005, depois de deixar o Google, e foi CEO do Twitter até 2010, quando Dick Costolo assumiu o posto. Hoje executivo-chefe da Medium, ele ainda atua no conselho de diretor do Twitter - e tem mais de 1,6 milhão de seguidores
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Adam Rugel (@adam), número 18 entre os usuários do Twitter, ficou entre junho de 2005 e julho de 2006 na empresa, saindo como diretor de Desenvolvimento de Negócio. Hoje atua como diretor sênior de Esportes Universitários na ESPN
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Tony Stubblebine (@tonystubblebine), a 17ª conta a ser criada no Twitter, ficou entre 2005 e 2006 na empresa, como diretor de Engenharia. Depois, ajudou a fundar a Lift, onde hoje é CEO
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Jeremy LaTrasse (jeremy), o número 16, ficou até maio de 2010, completando quase 4,5 anos de Twitter - iniciados em dezembro de 2005. Saiu como diretor de Operações e cofundou a Message Bus. Atualmente é conselheiro e investidor de startups
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Crystal Taylor (@crystal), a 15° usuária da rede social, entrou em 2005 no Twitter e ainda trabalha na empresa, hoje como gerente de Assistência ao Consumidor
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Noah Glass (@noah), da conta número 14, ajudou a fundar a Odea em 2005 e ficou até meados de 2006, quando foi demitido por Evan Williams. Ao Business Insider, ele afirmou em 2011 que o choque da demissão foi tão grande que ele passou uns anos trabalhando sozinho - na internet, ainda hoje, ele é difícil de encontrar
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Christopher "Biz" Stone (@biz), o 13° a ter uma conta no microblog, é um dos fundadores do Twitter, e ficou na empresa até 2011. Depois, criou a Jelly, onde é CEO atualmente, função que ocupa, também, na Obvious Corp. Tem mais de 2 milhões de seguidores no Twitter
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Jack Dorsey (@jack), com a conta de número 12, é um dos fundadores do Twitter, e trabalhou na empresa até 2008, quando deixou o cargo de presidente e de membro do conselho. Fundou então a Square e é CEO da startup atualmente
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Celular
Além disso, o Twitter arrecada uma parte significativa de seus rendimentos de propagandas em celulares - diferentemente do Facebook, que ainda não havia desenvolvido uma estratégia completa para celular na época que entrou na bolsa de valores.
Neste ano, mais de 65% da receita proveniente de anúncios foi gerada a partir de dispositivos móveis. Mais de 75% dos usuários acessaram o site do celular este ano. "Visto que o Twitter nasceu como uma plataforma para dispositivos móveis, eles já têm essa parte bem resolvida", diz Lara.
"Mangueira de bombeiro"
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Após a verba vinda dos anúncios, o licenciamento de dados é o segundo maior fluxo de receita do Twitter. O site vende algo conhecido como "mangueira de bombeiro", seus dados públicos, o que geralmente chega a 500 milhões de tweets ao dia.
As empresas podem então mergulhar nesses dados, para analisar as tendências dos consumidores e vender suas conclusões para outras marcas e empresas. Mas por que pagar por isso se os tweets são públicos e, assim, os consumidores também têm acesso a esses dados?
Nick Halstead, fundador da DataSift - uma das únicas duas empresas com acesso a essa "mangueira de bombeiro" - diz que companhias que fazem análises sofisticadas podem obter informações detalhadas e específicas sobre seus usuários que, diante do volume de dados, um usuário comum ou mesmo uma empresas não conseguiria obter.
Firmas podem usar essas informações para coisas simples, explica Halstead, como monitorar as opiniões a respeito de suas marcas ou produtos.
Mas essas informações podem ser usadas de maneiras muito mais complexas. "Uma das minhas favoritas é a que mede o nível de estoques", diz Halstead.
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"Por exemplo, times de futebol americano nos EUA vão analisar a popularidade dos jogadores por região. Assim, eles podem definir quantas camisa de determinado jogador mandar para o estoque de cada loja."
"Na Inglaterra, nós corremos para comprar equipamentos para o churrasco em determinados finais de semana. E os supermercados querem ter estoque o suficiente quando isso acontecer. Mas eles precisam de três ou quatro dias para isso."
"Você pode usar o Twitter para monitorar quando as pessoas estão pensando em fazer churrasco em casa."
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Com a oferta pública inicial de ações na bolsa (IPO, na sigla em inglês), o Twitter pretende arrecadas US$ 1 bilhão, o que vai transformar alguns de seus criadores e funcionários em milionários. Mas o Business Insider nota que alguns dos empregados já teve, em 2012, renda de mais de seis dígitos. Confira quem são e quanto ganharam
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O CEO Richard "Dick" Costolo ganhou US$ 200 mil em salário no ano passado, mais o prêmio por ter 1,6% da companhia, em US$ 11,3 milhões, teve renda total de US$ 11,5 milhões. Em agosto, a remuneração foi reduzida a US$ 14 mil
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O segundo funcionário mais bem pago do Twitter, Christopher Fry, é o vice-presidente sênior de Engenharia da empresa. O salário de US$ 145 mil anuais, somado ao bônus de US$ 100 mil e com as ações que detém - percentual não revelado -, em US$ 10 milhões, ele recebeu US$ 10,3 milhões em 2012
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Adam Bain, presidente global de Receitas do Twitter, ganhou US$ 6,7 milhões no ano passado. O valor inclui o salário de US$ 200 mil, prêmios de ações de US$ 4,7 milhões, ações extras em US$ 1,6 milhões e comissaão por vendas de US$ 200 mil
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