Técnica astronômica detecta deepfake mapeando olhos; entenda

Pesquisadores utilizaram modelos que estudam luzes das galáxias para identificar reflexo de luz em imagens reais e falsas

24 jul 2024 - 15h54
(atualizado às 15h55)
cientistas detectam deepfakes com as mesmas ferramentas usadas para pesquisar galáxias
cientistas detectam deepfakes com as mesmas ferramentas usadas para pesquisar galáxias
Foto: Freepik

Em uma nova pesquisa, cientistas da Universidade de Hull, no Reino Unido, descobriram que técnicas da astronomia podem ser usadas para detectar deepfakes com alta precisão. A pesquisa, liderada por Adejumoke Owolabi e Kevin Pimbblet, professor de astrofísica, abre novas possibilidades na luta contra a disseminação de informações falsas online.

As descobertas foram apresentadas na Reunião Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society. As informações são do The Next Web. 

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A pesquisa demonstra como a análise dos reflexos de luz nos olhos pode revelar inconsistências em imagens e vídeos manipulados por inteligência artificial.

Ao aplicar técnicas como o Índice de Gini e o sistema CAS, tradicionalmente utilizadas para estudar galáxias, os especialistas  identificaram diferenças significativas nos padrões de reflexão da luz entre imagens reais e deepfakes.

De acordo com Pimbblet, embora não seja uma solução infalível, essa técnica oferece um novo método promissor para combater a proliferação de deepfakes.

Imagens mostram reflexos de luz consistentes em ambos os olhos.
Foto: Adejumoke Owolabi / reprodução

Como funciona

Ao analizarem os reflexos oculares, o estudo consegue encontrar inconsistências que indicam manipulação da imagem, fornecendo uma ferramenta valiosa na luta contra a desinformação.

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O sistema CAS mede a distribuição de luz nas galáxias para identificar morfologia. Com isso, a equipe comparou olhos esquerdo e direito em imagens reais e deepfake.

Ainda que o sistema não tenha detectado deepfakes, o Índice de Gini revelou uma diferença importante: reflexos de luz iguais indicam foto real, desiguais sugerem deepfake.

O estudo é mais um, entre os esforços para combater ameaças relacionadas à desinformação.

Fonte: Redação Byte
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