Um chip cerebral da Neuralink foi implantado com sucesso em um segundo paciente, segundo afirmação de Elon Musk, dono da empresa de implantes cerebrais, durante entrevista a um podcast.
Apesar de dois implantes bem sucedidos, a Neuralink ainda está em fase de testes dos dispositivos cerebrais em pacientes com lesões na medula espinhal.
No início deste ano, foi realizado o primeiro implante cerebral pela Neuralink em Noland Arbaugh, de 29 anos. Arbaug ficou paralisado dos ombros para baixo, há oito anos, após se acidentar em um mergulho.
Ele descreve o uso do implante Neuralink como usar a Força da franquia Star Wars, permitindo que ele “apenas olhe para algum lugar na tela” e mova o cursor para onde quiser.
Em março, Noland Arbaugh, de 29 anos, apareceu em um vídeo jogando xadrez em um laptop. O momento foi compartilhado na internet pela empresa de interface cérebro-computador de Elon Musk.
O objetivo da gravação é mostrar como o primeiro paciente com um implante cerebral da empresa pode controlar o cursor do mouse e jogar xadrez.
Durante a entrevista para o podcast, Musk afirmou que o segundo implantado ele tem uma lesão na medula espinhal semelhante à do primeiro paciente, mas não detalhou informações sobre idade ou sexo do paciente mais recente.
"Não quero azarar, mas parece ter corrido muito bem com o segundo implante.Há muito sinal, muitos eletrodos. Está funcionando muito bem", disse Musk.
Processo de atuação da Neuralink
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA deu permissão à Neuralink para realizar testes clínicos em humanos no ano passado e, pouco depois, a empresa anunciou que estava procurando cobaias para um teste inicial de seis anos.
Como funciona
O chip é implantado na região cerebral responsável pelo controle da intenção do movimento e então utiliza ondas cerebrais, que são transformadas em determinados comandos. O Telepathy conta com:
- Capa biocompatível
- Software
- Bateria
- Processador
- Eletrodos
- Fios ultrafinos
O software presente no chip ajuda a pôr em prática essa conexão com dispositivos eletrônicos. Os chips fazem uma leitura das ondas cerebrais e então fazem a transmissão via Bluetooth para o aplicativo.
Feita essa transmissão, o app da Neuralink transforma as informações em comandos para o smartphone ou o computador do usuário, de modo que seja possível controlar um teclado, por exemplo.
Ao todo, o chip contém mais de 1.000 eletrodos e tem como alvo neurônios individuais, enquanto muitos outros dispositivos em desenvolvimento têm como alvo sinais de grupos de neurônios. Por isso, a empresa espera que a sua criação tenha um maior grau de precisão.