No Nepal, começaram a encher as ruas de lixo. Quilos e mais quilos de plástico descartado, pacotes antigos de macarrão abertos, embalagens de biscoitos e outros resíduos sintéticos que, por suas características, nem sempre são fáceis de reciclar. A ideia de caminhar ou dirigir sobre um asfalto cheio de lixo pode não parecer muito atraente, mas faz todo o sentido e já foi aplicada antes (ou pelo menos testada) em outros lugares da Ásia, Europa, África e América. No entanto, normalmente, de forma discreta.
A chave está no fato de que os resíduos plásticos não são simplesmente espalhados sobre o pavimento. Eles fazem parte dele, de sua estrutura. E há quem diga que isso o torna ainda melhor.
Pavimento com lixo
Se a cada ano produzimos mais de 400 milhões de toneladas de plástico — grande parte destinada a embalagens descartáveis e difíceis de reciclar — e ao mesmo tempo construímos e reasfaltamos quilômetros e mais quilômetros de estradas, por que não conectar essas duas coisas? E se usássemos os resíduos sintéticos mais difíceis de reciclar para fabricar pavimento? E se esse material fosse, além disso, melhor do que o asfalto convencional?
A ideia não é totalmente nova e há quem questione se realmente é tão sustentável e eficaz como parece, mas a verdade é que, ao longo dos últimos anos, ela tem atraído o interesse de empreendedores e instituições de diferentes países — normalmente de forma discreta, quase experimental, com projetos piloto e em trechos mais ou menos curtos.
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