A implosão é um fenômeno físico em que a estrutura colapsa para dentro devido à pressão externa.
O termo implosão é bastante conhecido quando se fala em construções, porém, pouca gente sabe como funciona este processo, que pode ser mais complexo do que se imagina. O curioso é que as implosões não ocorrem somente em edifícios, a implosão é um fenômeno físico impressionante e, em muitos casos, até necessário — mesmo no universo.
Ou sejam, as implosões não se restringem à engenharia humana. No espaço, a natureza também apresenta sua própria versão: o colapso de estrelas massivas. Em seu estágio final, algumas estrelas desmoronam sobre si mesmas devido à gravidade, levando à formação de buracos negros, onde a atração gravitacional é tão intensa que nem mesmo a luz consegue escapar.
A implosão, então, tanto no contexto urbano quanto no cósmico, é um processo fascinante que exemplifica como as forças internas e externas podem moldar o ambiente — e, em alguns casos, até mesmo o universo. Conheça mais sobre este processo:
O que é implosão?
Diferente de uma explosão, em que a energia é lançada para fora, na implosão o colapso ocorre de forma interna. Esse efeito acontece quando um objeto ou estrutura sucumbe sob a pressão externa — como a atmosférica ou de fontes artificiais — resultando em uma concentração de energia voltada para o interior.
Esse conceito é amplamente utilizado em demolições controladas, em que engenheiros aplicam cargas explosivas em pontos estratégicos de grandes edificações para que elas desmoronem “para dentro”.
Esse método evita que os escombros se espalhem, minimizando os danos às construções vizinhas e permitindo uma demolição precisa em áreas urbanas.
A técnica, muito complexa, é frequentemente planejada para que a estrutura entre em colapso em questão de segundos, de forma segura e controlada, ao contrário das demolições convencionais que envolvem o desmonte manual ou mecânico, etapas que demandam mais tempo e recursos.
Como acontece uma implosão?
Como citado acima, a implosão acontece quando a pressão externa supera a resistência interna de uma estrutura, gerando um desequilíbrio.
Para ilustrar esse processo, imagine um edifício de concreto e aço: para implodi-lo, engenheiros posicionam cargas explosivas em pontos estratégicos, geralmente nos pilares de sustentação. Essas cargas enfraquecem a base e as colunas, criando uma instabilidade calculada que faz com que o edifício colapse para dentro. Esse movimento é resultado de uma diferença de pressão que "empurra" a estrutura para o seu próprio centro.
O desequilíbrio de pressão entre o exterior e o interior do edifício é o que torna a implosão possível. Com a estrutura enfraquecida, a resistência que sustentava o edifício já não consegue suportar a pressão externa, e o colapso ocorre rapidamente. Em segundos, o prédio se "desmonta" para dentro.
Este mesmo processo pode ser imaginado também, no fundo do mar, como aconteceu no triste episódio de implosão do submarino Titan, submersível da OceanGate que fazia expedição ao Titanic em junho de 2023.
Os cinco tripulantes estavam a bordo da embarcação morreram após o submersível sofrer uma implosão, por não ter conseguido suportar a pressão da água no fundo do oceano, a cerca de 3.500 metros da superfície.
Por que uma implosão acontece?
Em resumo, a implosão ocorre devido a uma diferença entre a pressão interna e externa de um objeto, como uma embarcação — como ocorreu com o submarino Titan em 2023. Quando a pressão externa ultrapassa a pressão interna e a estrutura não é resistente o suficiente para suportá-la, o desequilíbrio causa uma deformação em direção ao centro — é o que os especialistas chamam de “implosão catastrófica", ou seja, ela não foi provocada por ação humana.
Em cenários onde a pressão externa é muito maior do que a interna, a casca da estrutura pode se deformar de forma abrupta para dentro. Já em situações opostas, com pressão interna maior, o fenômeno observado seria uma explosão.
Curiosamente, não há um valor exato de pressão necessário para causar uma implosão. Qualquer pressão externa superior a uma atmosfera (pressão ao nível do mar) pode levar ao colapso, desde que a estrutura não esteja devidamente reforçada para suportar esse diferencial.
A resistência do material é determinante para a ocorrência de uma implosão. Em casos onde o diferencial de pressão é pequeno, uma estrutura com casca mais fina pode ser suficiente para evitar a implosão. Mas em ambientes com pressões extremas, como as profundezas oceânicas, a estrutura precisa ser significativamente reforçada para não colapsar.
A implosão, sem os cuidados necessários, pode ser devastadora, especialmente em ambientes onde os níveis de pressão são elevados, como em submarinos e aeronaves.