Banhistas de São Paulo e do Rio Grande do Sul têm reportado nas redes sociais o aparecimento de caravelas-portuguesas em praias desde o último final de semana.
Em Caraguatatuba (SP), os registros ocorreram no sábado (27), quando um homem, a bordo de um barco, filmou um grupo desses animais marinhos. Já em Capão da Canoa (RS), as caravelas foram avistadas na quinta-feira (25).
A presença destes animais é mais comum durante esta época do ano, segundo a Defesa Civil.
Que espécie é essa?
As caravelas-portuguesas são conhecidas cientificamente como Physalia physalis. Possuem as cores azul, roxo e rosa, dependendo de alguns fatores ambientais, e tentáculos com diversas células que, em contato com a pele, podem provocar queimaduras de até terceiro grau.
O nome caravela-portuguesa deve-se à semelhança dos bichos com os navios utilizados antigamente. Curiosamente, esse animal não é "um só". Se trata de uma colônia de organismos geneticamente diferentes e especializados, que aparentam ser uma única criatura.
A caravela-portuguesa não se move. Ela flutua pela superfície da água, empurrada pelo vento, com os tentáculos soltos para capturar pequenos peixes para a sua alimentação. Os tentáculos podem atingir um comprimento de 50 metros, mas a média é cerca de 30 metros.
A caravela-portuguesa é importante para a alimentação das tartarugas-marinhas, imunes ao veneno.
O que fazer em caso de queimadura?
O Corpo de Bombeiros do Ceará orienta que o banhista tocado por uma caravela-portuguesa use a própria água do mar, vinagre ou soro fisiológico gelado para limpar o local, pois eles impedem que o veneno do animal siga entrando na pele e aliviam a dor.
Em seguida, o ideal é buscar atendimento médico.
Quem for queimado por esse animal não deve:
- Encostar na área afetada (isso pode queimar a mão e espalhar o veneno para outras partes do corpo);
- Jogar água doce no local;
- Coçar e esfregar.