Ondas de calor na Europa mataram mais de 61 mil em 2022, diz estudo

Análise estima 61.672 mortes ligadas ao calor entre 30 de maio e 4 de setembro de 2022

10 jul 2023 - 16h34
(atualizado às 16h41)
Ondas de calor causaram incêndios florestais na Europa no ano passado
Ondas de calor causaram incêndios florestais na Europa no ano passado
Foto: DW / Deutsche Welle

Um estudo publicado na Nature Medicine apontou que mais de 61 mil pessoas morreram em decorrência das ondas de calor na Europa durante o verão de 2022.

A pesquisa foi realizada por membros do Instituto de Saúde Global de Barcelona, na Espanha.

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  • O verão de 2022 foi o verão mais quente já registrado na Europa, segundo o programa da União Europeia de observação da Terra por satélite (Copernicus);
  • Foi marcado por uma intensa série de ondas de calor recorde, secas e incêndios florestais;
  • A nova análise estima 61.672 mortes ligadas ao calor entre 30 de maio e 4 de setembro de 2022.

Morte entre países

A pesquisa identificou que o país com maior número de mortes atribuíveis ao calor durante todo o verão de 2022 foi a Itália, com um total de 18.010 mortes, seguida da Espanha (11.324) e da Alemanha (8.173).

Se os dados forem ordenados pela taxa de mortalidade relacionada ao calor, o primeiro país é a Itália, com 295 mortes por milhão, seguida pela Grécia (280), Espanha (237) e Portugal (211). 

A média europeia foi estimada em 114 mortes por milhão. Mas a França lidera como país que registrou as maiores mudanças na temperatura, com +2,43°C acima dos valores médios do período 1991-2020, seguida da Suíça (+2,30°C), Itália (+2,28°C C), Hungria (+2,13°C) e Espanha (+2,11°C).

Calor excessivo 

Essa, no entanto, não foi a mais forte onda de calor que a Europa experimentou. Em 2003, o continente registrou e 70 mil mortes durante o verão.

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Os pesquisadores escreveram que, como um importante foco de mudança climática, essas populações estarão cada vez mais expostas a condições extremas de verão. E é esperado que as nações experimentem mortalidades relacionadas ao calor cada vez mais altas no futuro.

“O fato de mais de 61.600 pessoas na Europa terem morrido de estresse térmico no verão de 2022, embora, ao contrário de 2003, muitos países já tivessem planos ativos de prevenção em vigor, sugere que as estratégias de adaptação atualmente disponíveis podem ainda ser insuficientes", disse Hicham Achebak, pesquisador da Inserm e ISGlobal e uma das autoras do estudo, em um comunicado.

Fonte: Redação Byte
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