Meios de pagamento digital já abrem mão até do celular na China

País já usa reconhecimento facial de forma ampla e agora também da palma da mão para confirmar transações financeiras

12 mai 2023 - 05h00
Biometria por reconhecimento palmar inclui as linhas visíveis e as veias sob a pele
Biometria por reconhecimento palmar inclui as linhas visíveis e as veias sob a pele
Foto: rawpixel.com / Freepik

Esquecer a carteira e a bolsa em casa não é mais um problema na China e nem no Brasil, desde que você esteja com seu smartphone e tenha sinal de internet é possível utilizar serviços e efetuar compras online e offline. A diferença é que no país asiático esquecer até mesmo o celular em casa já não é uma barreira.

Na China um dispositivo touchscreen especializado é colocado no caixa de um estabelecimento. Ele tem acesso ao banco de dados de informações faciais da empresa controladora. O caixa insere a quantia em dinheiro para o pedido, que é mostrada na tela do dispositivo, e o usuário precisa apenas de dez segundos e dois toques para finalizar o pagamento.

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O usuário toca em pagar com reconhecimento facial na tela do dispositivo. O dispositivo escaneia o rosto e reconhece o usuário. O usuário então toca em confirmar pagamento e pronto.

O pagamento por reconhecimento facial pode parecer muito semelhante ao processo de uso do Apple Pay em um iPhone que usa o “Face ID” para verificar a identidade e aprovar o pagamento. No entanto, a principal diferença aqui é a dependência de um dispositivo.

Para usar o Apple Pay via Face ID, os usuários devem possuir um iPhone, devem tê-lo com eles e pelo menos parcialmente carregados. Para usar a tecnologia de reconhecimento facial, os usuários precisam apenas ter uma conta WeChat ou Ali Pay validada e uma conta bancária associada, independentemente dos tipos de telefones que possuem, ou se possuem algum telefone.

Reconhecimento da palma da mão, o próximo passo

Uma pesquisa realizada com quase 60 mil usuários chineses de pagamento móvel feita pela China Payment and Clearing Association, e divulgada em abril do ano passado, mostra que 95,7% deles ainda escolhem QR Code como seu método de pagamento principal. Ainda assim, são muitos os avanços na área da tecnologia de meios de pagamento no país com uso de reconhecimento facial e agora também da palma da mão.

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Embora a impressão digital e o reconhecimento facial já tenham sido amplamente utilizados em situações de verificação de identidade, a tecnologia se distingue do reconhecimento palmar, que inclui as linhas visíveis e as veias sob a pele. Ela já se tornou rapidamente o próximo marco do reconhecimento biométrico para uso em compras e serviços.

Nos EUA, a Amazon foi pioneira ao implantar oficialmente scanners de impressão palmar em suas lojas físicas, mas a tecnologia pode se tornar onipresente em toda a China, graças à ampla adoção do WeChat Pay por todos os tipos de lojas. Em comparação com a Amazon, que tem centenas de outras lojas de varejo espalhadas pelos EUA, a Tencent, controladora do superapp chinês, tem potencial para promover o uso de pagamento por reconhecimento de impressão palmar de forma rápida e ampla, já que quase todas as lojas e fornecedores do país asiático adotaram o WeChat Pay ou a Alipay durante a revolução fintech da China.

O serviço de pagamento móvel e carteira digital já é usado por mais de 1,1 bilhão de pessoas e 50 milhões de fornecedores na China.

Todos ganham com a inovação

As inovações tecnológicas nos meios de pagamento avançam de maneira ágil, cada vez mais oferecendo opções diversas e que se encaixam com os mais variados públicos. O objetivo é sempre diminuir o tempo de check out, por exemplo, e a dependência de um dispositivo externo, como o smartphone.

Vale destacar ainda que essas vantagens não são apenas para os consumidores, mas também para os lojistas. Afinal de contas, um cliente satisfeito compra mais e até se fideliza.

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É claro que para um fornecedor de hardware vincular um aspecto importante da sociedade, neste caso, o dinheiro, a um equipamento. Mas para os consumidores é muito melhor não ter que carregar coisas ou ficar preso a produtos específicos.

Os novos métodos de pagamento já foram adotados em muitos estabelecimentos na China: lojas de roupas, mercearias, máquinas de venda automática e até nos postos de controle de estações de metrô. Mas como os usuários veem esse novo método de pagamento? Quão difícil é para novos usuários aprender como a tecnologia funciona? Será que as pessoas realmente querem pagar com elas?

Fonte: Redação Byte
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