Os furacões estão mais fortes do que antigamente? A Nasa diz que sim

Cientista da agência espacial explica relação entre o aquecimento global e o surgimento de furacões mais intensos

9 nov 2022 - 15h53
Furacão Ian atingiu a América do Norte em setembro e deixou centenas de mortos
Furacão Ian atingiu a América do Norte em setembro e deixou centenas de mortos
Foto: Poder360

Cada vez mais furacões atingem maiores níveis na escala que mede a intensidade de ventos — e a culpa disso pode ser atribuída às mudanças climáticas. É o que afirma Mara Cordero-Fuentes, cientista da Nasa e especialista em clima e furacões, quando perguntada sobre a possibilidade dessas tempestades estarem ficando mais fortes nos últimos tempos.

A cientista explica que, baseando-se na tabela de cinco níveis de intensidade com a qual classificamos furacões hoje em dia, cada vez mais tempestades têm atingido os níveis 3, 4 e 5. Ela afirma que o número de furacões nos grupos de intensidade mais alta está maior hoje do que quarenta anos atrás.

Publicidade

“Temos visto mais e mais furacões no Atlântico atingindo categorias maiores, como a 3, 4 ou 5, durante cada temporada”.

Classificação dos ventos

Furacões de categoria 1 produzem ventos de até 153 quilômetros por hora (km/h). Na categoria 2, o teto é de 177 km/h. Tempestades de categoria três têm ventos de até 208 km/h; na quarta categoria os ventos podem atingirde 251 km/h e, na categoria 5 estão os ventos a partir de 252 km/h.

Cientista da NASA explica relação entre aquecimento global e furacões
Foto: NASA / Unsplash

Fuentes pontua que, por outro lado, não é cientificamente possível que um furacão se forme em uma categoria acima da 5. Portanto, não estamos próximos de ter um "furacão categoria 6" a caminho.

E na hora de investigar razões que expliquem o porquê de mais e mais ciclones tropicais alcançarem a categoria três (ou mais) durante as temporadas de furacões, uma das maiores responsabilidades acaba sendo das mudanças climáticas.

Publicidade

Exemplo desses eventos é o Furacão Ian, que atingiu a América do Norte em setembro e foi classificado na escala 4. O fenômeno deixou dezenas de mortos e bilhões de dólares em prejuízos. 

“Quanto mais quente a água fica, mais forte e com mais energia o sistema terá — o que aumenta a intensidade”, explica a cientista.

Veja a explicação na íntegra no vídeo abaixo:

Fonte: Redação Byte
TAGS
É fã de ciência e tecnologia? Acompanhe as notícias do Byte!
Ativar notificações