O que tem a ver robôzinho com Inteligência Artificial? A gente sempre vê essas imagens genéricas de andróides hollywoodianos pra ilustrar artigos sobre IA.
Até pouco tempo atrás, essas duas áreas tinham muito pouca conexão. Mas tudo mudou. A startup Figure AI se propõe exatamente a isso: criar e comercializar robôs humanóides com IA incorporada.
Rapidamente a empresa está chegando a uma avaliação de US$ 2 bilhões, levantando cerca de US$ 675 milhões.
O detalhe relevante é quem está botando a grana. Por meio de sua empresa Explore Investments, Jeff Bezos promete investir US$ 100 milhões. A Microsoft está investindo US$ 95 milhões. A NVidia e um fundo afiliado ligado à Amazon estão comprometidos com US$ 50 milhões cada. A Open AI pingou US$ 5 milhões.
A Figure, fundada em 2022, é a mais vistosa, mas está longe de estar sozinha. Esse movimento é grande e vai chamar cada vez mais atenção daqui pra frente.
A Agility, apoiada pela Amazon, promete 10 mil robôs ainda para esse ano. A Tesla está entrando no jogo, Musk já disse que é muito mais importante construir robôs humanóides do que automóveis. E por aí vai.
Tanto que o Goldman Sachs já prevê que em 2030 será o primeiro ano com produção de 250 mil robôs humanóides – e um mercado de US$ 38 bilhões em 2035. Perto das projeções para o mercado total de IA Generativa (a parte que não inclui robôs), é uma gota na água. Mas mesmo assim, é bastante dinheiro.
O que isso significa? Que no futuro próximo, boa parte do trabalho braçal hoje feito por pessoas será feito por robôs humanóides. Principalmente o trabalho mais pesado, repetitivo, cansativo e perigoso.
Isso é bom? Isso é ótimo! Será um mundo muito melhor. Que o trabalho do ser humano seja cada vez mais humano, criativo, seguro e proveitoso!
Agora, cabe à sociedade global correr para ajudar os humanos nesta transição tecnológica, econômica, social e, aliás, política.
Porque esta nova era vem – aliás, ela já está aí...
(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, de soluções digitais.