Peixe arco-íris nasce fêmea e se torna macho ao longo da vida

Batizada com o nome da flor nacional das Ilhas Maldivas, a espécie foi descoberta como parte da iniciativa global Hope for Reefs

31 out 2022 - 18h09
(atualizado em 1/11/2022 às 11h59)
Nova espécie de "peixe arco-íris" chamada bodião-de-fada-de-rosa
Nova espécie de "peixe arco-íris" chamada bodião-de-fada-de-rosa
Foto: Divulgação / Hope for Reefs

Cientistas da Academia de Ciências da Califórnia descobriram uma nova espécie de peixe de coloração arco-íris do tipo bodião-fada nas Ilhas Maldivas. O animal muda de aparência e sexo à medida que envelhece. Chamado de bodião-de-fada-de-rosa (Cirrilabrus finifenmaa), o peixe está a 40 e 70 metros abaixo do Oceano Índico

Esta é uma das primeiras espécies a ter o nome derivado da língua local Dhivehi — '"inifenmaa" significa rosa, em referência aos tons de rosa do peixe e à flor nacional da nação da região.

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Esses peixes, como todos bodiões, começam a vida como fêmeas e amadurecem em machos, tornando-se consideravelmente mais coloridos. Os machos se adornam com cores diversas durante a época de acasalamento, presumivelmente para impressionar as fêmeas.

Coletada pela primeira vez por pesquisadores na década de 1990, a espécie C. finifenmaa era originalmente pensada para ser a versão adulta de uma espécie diferente, Cirrhilabrus rubrisquamis. Esta havia sido descrita com base em um único espécime juvenil do Arquipélago de Chagos, uma cadeia de ilhas de 1.000 quilômetros ao sul das Maldivas.

Neste novo estudo, no entanto, a equipe conseguiu detalhar mais espécimes adultos e juvenis do peixe.  Os pesquisadores mediram e anotaram várias características, como a cor dos machos adultos e a altura de cada coluna que sustenta a barbatana nas costas do peixe. 

Os dados, juntamente com análises genéticas, foram então comparados com o espécime de C. rubrisquamis para confirmar que a C. finifenmaa é de fato uma espécie única.

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“O que anteriormente pensávamos ser uma espécie de peixe difundida, na verdade são duas espécies diferentes, cada uma com uma distribuição potencialmente muito mais restrita”, disse em uma publicação o principal autor e estudante de doutorado da Universidade de Sydney, Yi-Kai Tea. 

Segundo ele, isso exemplifica por que a descrição de novas espécies e taxonomia em geral é importante para a conservação e gestão da biodiversidade.

Fonte: Redação Byte
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