Pesquisadores da Universidade de Toronto Mississauga, no Canadá, encontraram o que é considerado o fóssil de pele de réptil mais antigo já descoberto. O estudo com o achado foi publicado nesta quinta-feira (11) no periódico científico Current Biology.
Datado de aproximadamente 289 milhões de anos, o pedaço de pele é 21 milhões de anos mais antigo que o recordista anterior.
O fóssil tem apenas alguns milímetros e foi enviado aos cientistas por colecionadores de fósseis em Oklahoma. O material vem do período Permiano, muito antes do surgimento dos dinossauros, e provavelmente percente a um primo distante de um pequeno largato, o Captorhinus aguti.
A fossilização foi auxiliada pela infiltração de petróleo no local, resultando em preservação excepcional da pele. Isso proporcionou aos cientistas uma análise uma análise tridimensional da pele, algo raro em fósseis do tipo.
Em outras palavras, os pesquisadores conseguiram cortar e examinar uma seção transversal da amostra, identificando camadas distintas da epiderme e derme. A epiderme inclui tecido córneo, as camadas superiores de células epidérmicas que atuam como uma barreira resistente.
A pele foi encontrada pelos colecionadores Bill e Julie May, que há anos estudam materiais de uma pedreira de calcário em um sistema de cavernas em Oklahoma conhecido por seus fósseis de C. aguti.
A pele resistente e impermeável foi uma das adaptações evolutivas chave que permitiram aos amniotas — grupo que inclui aves, répteis e mamíferos — uma vida completamente terrestre, protegendo-os de temperaturas extremas, radiação ultravioleta e desidratação.