Pesquisa da Nexus aponta que 86% dos brasileiros apoiam restrição ao uso de celulares nas escolas, com destaque para preocupações com distrações, desigualdade e qualidade do ensino.
Uma recente pesquisa feita pela Nexus, concluiu que 86% dos brasileiros têm alguma restrição ao uso de celulares nas escolas, demonstrando um aumento na preocupação com as consequências da tecnologia no contexto educacional.
A utilização de dispositivos móveis tem sido relacionada a distrações, redução da atenção e até mesmo ao crescimento da desigualdade entre estudantes, uma vez que nem todos têm acesso igual a esses recursos.
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta terça-feira, 12, o projeto de lei que proíbe o uso de celulares por alunos nas escolas públicas e privadas no Estado. A proposta, apresentada pela deputada Marina Helou (Rede), é inédita no País.
Assim, cresce a discussão sobre a adoção de normas mais rigorosas para o uso de celulares nas escolas, visando manter a qualidade do ensino e garantir que a escola permaneça como um ambiente favorável ao crescimento intelectual.
O estudo ainda aponta que 54% da população são favoráveis à proibição total dos aparelhos. A grande maioria dos brasileiros (86%) apoia alguma forma de restrição ao uso de celulares nas escolas.
O Ministério da Educação chegou a declarar que estava elaborando um plano sobre o assunto, porém, não chegou a publicá-lo. A legislação aprovada pela Comissão de Educação da Câmara veda o uso para crianças com menos de 10 anos. É permitido para atividades pedagógicas a partir dos 11 anos.
Confira outros dados da pesquisa:
- 86% dos brasileiros são a favor de algum tipo de restrição ao uso de celular dentro das escolas.
- 54% da população são favoráveis à proibição total dos aparelhos e 32% acreditam que o uso do celular deva ser permitido apenas em atividades didáticas e pedagógicas, mediante autorização prévia dos professores.
- Apenas 14% dos brasileiros são contrários às medidas debatidas atualmente no Congresso.
A pesquisa da Nexus mostra que 46% dos entrevistados entre 16 e 24 anos concordam com a proibição total do uso dos aparelhos (contra 54% na média da população), enquanto 43% defendem a utilização parcial dos celulares, somando 89% dos entrevistados.