Pesquisa revela o que jornalistas pensam sobre uso de IA generativa

Estudo detalha o impacto da IA generativa no jornalismo, abordando a adoção tecnológica, preocupações éticas e transformações nas rotinas

18 mai 2024 - 06h30
Resumo
Uma pesquisa realizada por Associated Press em parceria com pesquisadores da Northwest University (EUA) e da Universidade de Amsterdã, ouviu 292 jornalistas mundo afora para saber como a Inteligência Artificial generativa está sendo usada para produção de conteúdo, otimização de processos de negócio e tarefas relacionadas à coleta e análise de informações
Foto: Freepik

Em parceria com pesquisadores da Northwest University (EUA) e da Universidade de Amsterdã, a Associated Press ouviu 292 jornalistas da América do Norte (61,7%), Europa (24,8%), Ásia (7,9%), África (2,8%), Oceania (1,7%), América do Sul (1%) – a maioria editores (34,5%) e executivos (20%) – para saber como o jornalismo está lidando e reagindo à Inteligência Artificial generativa, como o ChatGPT.

A pesquisa foi realizada entre 4 de dezembro a 22 de dezembro de 2023 e os resultados foram publicados em abril, mostrando os receios e expectativas sobre o uso da IA nas redações, além de mudanças e necessidades para uso produtivo e responsável.

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Principais dados

O relatório intitulado “Generative AI in Journalism: The Evolution of Newswork and Ethics in a Generative Information Ecosystem” aponta que a IA Generativa vem sendo integrada nas rotinas jornalísticas principalmente na produção de conteúdo, incluindo textos, multimídia, e em tarefas relacionadas à coleta e análise de informações. 

A tecnologia também é utilizada para otimização de processos de negócios, como SEO e estratégias de marketing.

Veja alguns dados:

Conhecimento: 81,4% dos respondentes indicaram que são conhecedores de IA generativa.

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Adoção: 73,8% indicaram que eles ou suas organizações já usaram IA generativa de alguma forma.

Uso da IA: 69,6% utiliza a IA Generativa para produção de conteúdo em texto, enquanto 20,4% usa em conteúdo multimídia.

Preocupações éticas: 21,8% mostra preocupação com falta de supervisão humana sobre a IA, enquanto 16,4% tema pela falta de exatidão nos resultados.

Novos papéis: Com a IA na redação surgem novos papéis nas redações como “especialista em IA” e “editor de prompt”, destacando a necessidade de novas habilidades e, nesse cenário, 18,2% dos respondentes mencionaram a falta de treinamento como um desafio significativo.

Mudança de tarefas: 49% dos entrevistados relatou mudanças nas tarefas ou fluxos de trabalho devido à IA generativa, com novas demandas por edição e controle de qualidade dos outputs da IA.

Perspectivas futuras

Para o futuro, o relatório prevê um crescimento contínuo na adoção de ferramentas como o ChatGPT. Inovações em modelos de IA, como a integração de IA generativa com outras tecnologias emergentes, são esperadas para expandir ainda mais as capacidades e aplicações dessa tecnologia. 

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O estudo recomenda o desenvolvimento de políticas claras e diretrizes éticas para o uso responsável da IA generativa. Além disso, enfatiza a importância de treinamentos regulares para jornalistas e equipes técnicas para adaptarem-se às rápidas mudanças tecnológicas e garantirem práticas jornalísticas éticas.

Acesse o estudo completo aqui.

(*) Alexandre Gonçalves é jornalista, fundador da agenteINFORMA – conteúdo e produtos digitais, e desde março de 2023 edita a newsletter agenteGPT, onde compartilha insights e sua experiência de usuário do ChatGPT.

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