A China está conduzindo pesquisas subaquáticas no Oceano Índico, sob o pretexto de investigação civil, mas que poderiam ser usadas para planejar a guerra submarina, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
O relatório do CSIS afirma que os navios chineses que realizam projetos de investigação oceanográfica civil também provavelmente estão coletando dados para o Exército de Libertação Popular (ELP) para ajudar o avião em potencial de operações militares, informou a Business Insider.
O oceano
O Oceano Índico é um importante mar, que banha diversos países como Austrália, África do Sul, Moçambique, Egito, Sudão, Quênia, Somália, Tanzânia, Israel, Índia, Jordânia, Iraque, Irã e outros.
Matthew Funaiole, membro sénior do CSIS que trabalhou no relatório, disse que a área áquatica é vital para os “interesses estratégicos e económicos” da China.
“Pequim leva a sério a ideia de colocar em campo uma marinha de águas azuis, que será ativada no Oceano Índico, e confundir os limites entre o seu ecossistema de investigação e o seu aparelho de segurança nacional irá ajudá-la a chegar lá", afirmou Funaiole.
Por que a China está mapeando o oceano?
Usando dados da Windward, empresa de dados marítimos de inteligência artificial, o CSIS descobriu que barcos de pesquisa chineses conduziram “centenas de milhares de horas de operações globalmente nos últimos quatro anos”.
Muitos destes navios apresentavam comportamento suspeito, como atracar em portos com "instalações afiliadas aos militares" chineses, ou poderiam estar ligados a Pequim e aos seus objectivos geopolíticos.
Segundo especialistas do relatório, as pesquisas subaquáticas chinesas no Oceano Índico podem ser usadas para uma variedade de fins militares, incluindo mapeamento do fundo do mar, avaliação do ambiente acústico, estudo do clima e da oceanografia.
Preocupações
As atividades da China estão causando preocupação entre os países da região, incluindo a Índia, que pressionou o Sri Lanka a proibir temporariamente os navios de investigação estrangeiros dos seus portos.
A expansão militar chinesa também provaca um aumento da tensão entre a o país e as potências ocidentais, como os Estados Unidos e até mesmo o Japão.