Por que a Nasa está desenvolvendo um "robô-cobra"?

Robô com formato de serpente é construído para deslizar sobre uma das 83 luas de Saturno

8 mai 2023 - 18h06
(atualizado às 18h07)
O ELS é um robô autopropulsado semelhante a uma cobra e feito de vários segmentos idênticos
O ELS é um robô autopropulsado semelhante a uma cobra e feito de vários segmentos idênticos
Foto: Nasa/JPL-CalTech

Um robô com formato de cobra está sendo desenvolvido pela Nasa para futuras explirações em Encélado, uma das 83 luas de Saturno.

O design inusitado tem justificativa: o Exobiology Extant Life Surveyor (EELS) será capaz de deslizar por superfícies irregulares e até líquidas no ambiente inexplorado, colhendo amostras e nos ajudando a responder cada vez mais questões sobre existência de vida fora da Terra.

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Oceano escondido

Cientistas acreditam desde a década de 80 que a superfície de Encélado seja relativamente lisa e as temperaturas rondem os 180 graus Celsius abaixo de zero.

Em 2005, a sonda Cassini da Nasa  descobriu que partículas de gelo fluíam do solo dessa lua para o espaço, criando seu próprio anel enquanto orbitava Saturno. Com isso, surgiu a hipótese de que um vasto oceano líquido pode estar abaixo da superfície.

Segundo a Nasa, o robô permite uma exploração mais profunda em áreas que antes eram inatingíveis
Foto: Nasa/JPL-CalTech

Olhando para a possibilidade de enfrentar um terreno com muitos desafios, o time de engenheiros envolvidos no projeto focaram em um robô que pudesse sobreviver e se locomover em ambientes extremos.

A "cobra" tem 4,9 metros e será testada em regiões hostis da Terra, como gelerias e vulcões. Segundo seus criadores, o robô tem "adaptabilidade diversificada a vários tipos de terrenos.

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Com sistema de propulsão complexo e hélice, "o EELS permite uma exploração mais profunda em áreas que antes eram inatingíveis".

A Nasa não definiu uma data de lançamento para o EELS, o que significa que qualquer missão provavelmente levará anos para ter início. Se o projeto for bem sucedido, disse a agência espacial, explorações profundas de corpos celestes, que antes eram considerados inatingíveis, podem se tornar realidade.

Fonte: Redação Byte
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