Por que Elon Musk quer colocar chips em cérebros humanos?

Empresa de biotecnologia anunciou que busca por pacientes para começar experimentos em pessoas

20 set 2023 - 11h36
(atualizado às 11h48)
Neuralink, de Musk, iniciará teste de implante cerebral
Neuralink, de Musk, iniciará teste de implante cerebral
Foto: Reprodução/Instagram/Neuralink

O bilionário Elon Musk, dono de empresas de carros elétricos e viagens espaciais, divide parte de sua atuação em iniciativas inovadoras com um projeto mais controverso do que a média de seus empreendimentos: a criação de uma interface cérebro-máquina por meio da biotecnologia.

Depois de testes com implantes em porcos e primatas nos últimos anos, sua empresa Neuralink anunciou na terça-feira (19) que está buscando por pacientes para começar os experimentos em humanos. Mas, afinal, por que Musk quer implantar chips em cérebros e quais são as implicações desse projeto?

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O foco atual da Neuralink é na resolução de problemas de saúde. O novo recrutamento anunciado na terça-feira busca especificamente por pessoas com quadriplegia devido a lesão da medula espinhal cervical ou com esclerose lateral amiotrófica (ELA). 

Segundo a nota divulgada pela empresa, a ideia é "dispositivo médico experimental para a interface cérebro-computador totalmente implantável e sem fio" para permitir que "pessoas com paralisia controlem dispositivos externos com seus pensamentos".

Segundo Musk, com chips neurais, pacientes com paralisia poderiam recuperar o movimento, pessoas com distúrbios neurológicos poderiam receber tratamentos mais eficazes e aqueles que sofrem de perda auditiva ou visual poderiam ter seus sentidos restaurados.

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O bilionário também acredita que uma alternativa para garantir o futuro da humanidade diante da crescente evolução da inteligência artificial (IA) seria a junção de diferentes tecnologias à própria biologia humana.

Em várias ocasiões, o magnata expressou preocupação com a possibilidade de a IA superar a inteligência das pessoas.  A interface da Neuralink, neste contexto, serve como uma forma de "simbiose" entre humanos e máquinas, aumentando as capacidades cognitivas humanas e mantendo-nos relevantes na era da superinteligência.

“É como substituir um pedaço do seu crânio por um smartwatch, por falta de uma analogia melhor”, disse Musk durante uma palestra em dezembro de 2022.

A companhia já havia divulgado informações sobre o progresso da tecnologia em animais. Em 2020, a empresa realizou implantes em porcos e, no ano seguinte, postou um vídeo de um macaco jogando pingue-pongue virtual com o cérebro.

Ao final de 2022, a Neuralink mostrou um primata que conseguia clicar em teclas virtuais que ficavam coloridas em uma tela.

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Fonte: Redação Byte
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