Por que especialistas consideram absurdas obras nas pirâmides do Egito

Polêmica se deu após imagens do trabalho no sítio arqueológico serem compartilhadas nas redes sociais

31 jan 2024 - 15h44
A Grande Pirâmide de Gizé, Egito: É a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única a permanecer em grande parte intacta.
A Grande Pirâmide de Gizé, Egito: É a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única a permanecer em grande parte intacta.
Foto: site pxfuel.com/pt / Flipar

Um projeto de restauração do exterior de granito de uma das pirâmides de Gizé, no Egito, gerou uma onda de reações em especialistas. A polêmica se deu após imagens do trabalho no sítio arqueológico serem compartilhadas nas redes sociais.

Nas imagens, trabalhadores aparecem escavando o solo em frente à pirâmide de Menkaure, a menor das três pirâmides de Gizé. A escavação revela uma parte de sua base coberta de granito, que anteriormente estava enterrada sob a areia.

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O vídeo foi postado, na última sexta-feira (26), no Facebook, pelo secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mostafa Wazira.

Criticando as ambições do projeto pelo seu “absurdo”, especialistas repercutiram ao vídeo, conforme reportou a AFP.

Como as pirâmides do Egito foram construídas? Como as pirâmides do Egito foram construídas?

"Impossível! A única coisa que faltou foi adicionar azulejos à pirâmide de Menkaure! Quando vamos acabar com o absurdo na gestão do patrimônio egípcio?", disse à AFP a egiptóloga Monica Hanna.

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“Todos os princípios internacionais sobre renovações proíbem tais intervenções”, acrescentou, apelando aos arqueólogos para “mobilizarem-se imediatamente”.

Segundo Mostafa Wazira, o projeto visa revestir de blocos de granito as ruínas da pirâmide de Menkaure.

Segundo o secretário, apenas sete fileiras do revestimento de granito permanecem de pé. Nos próximos três anos, o projeto visa restaurar o revestimento da pirâmide à sua altura original, utilizando alguns dos seus blocos — agora caídos — que estão amontoados em torno da sua base.

Salima Ikram, egiptóloga da Universidade Americana do Cairo, disse que o projeto poderia funcionar desde que utilizassem apenas as pedras originais, conforme citado pelo Business Insider.

O Telegraph relata que o Ministério Egípcio de Antiguidades formou um comitê para examinar o projeto, e seu veredicto determinará se ele continuará. 

Fonte: Redação Byte
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