Depois de problemas com a compra do Twitter e acusações do bilionário de fraude na rede social, mais um desafio parece ter surgido para Elon Musk: após uma explosão solar, a SpaceX perdeu cerca de 40 satélites Starlink, que estavam em órbita.
Ainda que o ocorrido tenha sido em fevereiro, apenas agora estudos detalhados sobre o dano foram divulgados.
Após serem lançados, os satélites Starlink foram puxados de volta para baixo devido à explosão solar. Logo após terem entrado na atmosfera, foram forçados para baixo e queimados por conta da velocidade, de milhares de quilômetros por hora.
Como os satélites foram perdidos
Ainda que as erupções solares, ou também chamadas ejeções de massa coronal (CMEs), não costumem causar danos graves na Terra – apenas interferências nas comunicações, como rádio ou internet – elas podem causar impactos na órbita e afetar satélites, como foi o caso.
Segundo os dados publicados, o incidente aconteceu quando a radiação emitida pelo Sol atingiu a Terra. Assim, a radiação esquentou a atmosfera do planeta e elevou a densidade das partículas do ar, que ficou em uma altura de 210 quilômetros, região onde os satélites Starlink foram enviados.
Esse problema custou à SpaceX “várias dezenas de milhões de dólares”, de acordo com o estudo. Ainda assim, a empresa ainda pretende enviar cerca de 3.000 satélites, já com uma taxa prevista de possíveis perdas.
Ciclo solar ajuda a entender frequência que ejeções são lançadas
Para evitar esse problema, seria necessário entender melhor o ciclo solar, que dura 11 anos e é responsável por definir com que frequência o Sol lançará ejeções na Terra. Atualmente, a estrela encontra-se em intensa atividade, que chegará ao pico em 2025.
Todo o acontecimento mostrou também que a SpaceX tem um poder econômico capaz de lidar com essas perdas. Além disso, as explosões solares pode ser usadas como estratégia para evitar a formação de lixo espacial na atmosfera, já que os satélites foram todos queimados e destruídos retornando à Terra.
O movimento de satélites em órbita que caem lentamente na Terra, e eventualmente queimarão na reentrada à atmosfera, é também chamado de arrasto. Satélites mais desenvolvidos são capazes de corrigir a órbita e voltarem para suas posições, mas hoje em dia, a maioria deles não é assim, nem mesmo os da Starlink.