A primeira impressora 3D metálica do mundo — a ser enviada para o espaço — foi encaminhada para a Estação Espacial Internacional (ISS) pela Agência Espacial Europeia (ESA). O intuito será de instalar o aparato no módulo Columbus da ESA.
O objetivo dessa missão é averiguar a validade da tecnologia em órbita e preparar o caminho para utilização futura em Marte e na Lua.
Desenvolvida pela Airbus, a impressora de 180kg será utilizada para reparar ou fabricar ferramentas, interfaces de montagem e peças mecânicas. Ela pode imprimir peças com volume de nove centímetros de altura e cinco centímetros de largura, com o processo durando cerca de 40 horas.
Missão
Após a instalação na ISS, a impressora 3D fabricará quatro amostras metálicas que serão enviadas de volta à Terra para análise. O modelo terrestre da impressora também produzirá as mesmas amostras a fim de comparações.
“Para avaliar os efeitos da microgravidade, a ESA e a Universidade Técnica Dinamarquesa irão realizar testes de resistência mecânica e flexão e análises microestruturais nas peças feitas no espaço e compará-las com outras amostras”, disse em comunicado Sébastien Girault, engenheiro de sistemas de impressoras 3D de metal da Airbus.
Desafios
A impressão 3D de peças plásticas a bordo da ISS ocorre desde 2014. Mas a impressão de metal no espaço apresenta uma série de desafios.
O primeiro é o tamanho. Isso exigiu o encolhimento da impressora até as dimensões de uma máquina de lavar; em comparação, as impressoras terrestres ocupam um mínimo de 10 metros quadrados, segundo Girault.
Outro desafio é a segurança. Isso ocorre porque uma impressora 3D de metal não só opera em temperaturas mais altas, mas também requer um laser poderoso para derreter o metal.
Se a impressora 3D produzir os resultados desejados, a tecnologia poderá revelar-se crítica para a exploração de Marte e da Lua, ao mesmo tempo que contribui para a visão da ESA de uma economia espacial circular.
“Se este demonstrador de tecnologia for bem-sucedido, ele abrirá o caminho para a impressão de peças metálicas no espaço, caso uma peça metálica quebre e precise ser substituída, ou quando for necessária uma ferramenta dedicada que ainda não esteja disponível”, Rob Postema, oficial técnico da ESA, disse à TNW.