Quanto mais velho, melhor? Vinho de 2 mil anos é descoberto em antiga tumba romana

Bebida encontrada na Espanha é considerada o vinho mais antigo do mundo

28 ago 2024 - 11h41
Resumo
Uma garrafa de vinho branco com mais de 2.000 anos foi encontrada em Carmona, Espanha, sendo considerada o vinho mais antigo do mundo.
Vinho mais velho do mundo em uma urna de vidro
Vinho mais velho do mundo em uma urna de vidro
Foto: Juan Manuel Román

Um estudo publicado no Journal of Archaeological Science: Reports detalha a descoberta de uma garrafa de vinho branco com mais de 2.000 anos em uma tumba romana na cidade de Carmona, na Andaluzia, Espanha.

A bebida, preservada em uma urna de vidro, é considerada o vinho mais antigo do mundo já encontrado. As escavações em 2019 trouxeram à tona detalhes sobre os rituais funerários romanos e as distinções de gênero na sociedade da época.

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A análise química do líquido, realizada por pesquisadores da Universidade de Córdoba, na Argentina, confirmou a presença de polifenóis, compostos característicos do vinho, e permitiu determinar sua origem e tipo.

Em um comunicado, pesquisadores disseram que o mais difícil de determinar foi a origem do vinho, pois não há amostras do mesmo período com as quais compará-lo.

Contudo, os sais minerais presentes no líquido do túmulo são consistentes com os vinhos brancos atualmente produzidos no território, que pertenciam à antiga província de Betis, especialmente os vinhos Montilla-Moriles.

Estudo

Os cientistas acreditam que o vinho tenha sido parte do enxoval funerário do homem sepultado na tumba, uma prática comum na Roma antiga.

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A presença de joias e outros objetos de valor junto ao corpo reforça a ideia de que a bebida tinha um significado especial e era destinada a acompanhar o falecido em sua jornada para o além.

A pesquisa mostra, que por outro lado, uma urna contendo os restos mortais de uma mulher não continha vinho, mas sim joias e perfumes.

Segundo os pesquisadores, a diferença nos rituais funerários reflete as normas de gênero da época, em que o vinho era considerado uma bebida masculina.

A descoberta desse vinho milenar não apenas estabelece um novo recorde arqueológico, mas também oferece informações valiosas sobre a cultura e os costumes da Roma antiga. 

Fonte: Redação Byte
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