Ressaca faz água invadir calçadão de cidades litorâneas; entenda o fenômeno

A Marinha do Brasil emitiu um alerta de ressaca para o litoral de algumas regiões na segunda-feira (12)

14 ago 2024 - 12h46
(atualizado às 12h47)
Como se formam as ressacas? Entenda fenômeno que invade o litoral brasileiro
Como se formam as ressacas? Entenda fenômeno que invade o litoral brasileiro
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As cidades litorâneas de alguns estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, registraram fortes ressacas no mar nesta semana. Na orla do Rio, as ondas invadiram as calçadas e avenidas e um homem morreu afogado após ser atingido por uma onda no Leme. 

Na a terça-feira (13), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), já havia alertado a população para que evitasse a orla do Leblon. Paes destacou que equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) realizavam a limpeza na Avenida Delfim Moreira, na orla do Leblon, e havia interdições no local.

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A Marinha do Brasil emitiu um alerta de ressaca para o litoral de algumas regiões na segunda-feira (12).

Em Santos, no litoral de São Paulo, a Sala de Situação dos Recursos Hídricos do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS) informou que a região poderia sofrer alagamentos e danos estruturais costeiros.

Ciclone extra-tropical

Um ciclone extratropical que se formou neste domingo (11) provocou uma forte agitação marítima na costa do Sul e do Sudeste do país. Com isso, a Marinha do Brasil emitiu um alerta para mar agitado e ressaca. 

O aviso de ressaca entre cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina alertou para ondas de 2,5 a 4,0 metros de altura até esta quarta-feira (14), segundo o Climatempo. 

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"A agitação marítima, também, aumenta, com aviso válido até a quinta, de Arraial do Cabo–RJ a São Mateus–ES com a mesma altura de ondas". 

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Mas, afinal, o que causa ressacas tão violentas no mar? 

Primeiramente, é preciso entender que a ressaca marítima ocorre pela elevação do nível do mar. E, alguns fatores contribuem para isso, desde a instabilidade do clima até fenômenos astronômicos.

A passagem de uma frente fria ou ciclone movimentam as marés, seja com os ventos ou as temperaturas, deixando-as mais "agressivas", o que causa eventos como os ocorridos nesta semana no litoral brasileiro, onde as ondas invadiram o calçadão e causaram destruição de estruturas.

A baixa pressão atmosférica destes ciclones forçam a concentração da massa de água e o empilhamento da água numa região, gerando então o conjunto de grandes ondas.

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Influência da Lua

Além do clima, as marés alta e baixa estão ligadas à força de gravitacional da Lua e da Terra, conforme explicou ao Terra o professor de Oceanografia Física da Fundação Universidade de Rio Grande (FURG) Osmar Möller Júnior.

"A Lua atrai os corpos em sua direção - todos os corpos, mas como as águas dos oceanos fluem mais livremente, a mudança é mais visível. Quando a Lua e a Terra estão alinhadas, a Lua exerce atração, no ponto mais próximo, sobre a água do mar". 

Em um determinado momento, quando se estiver "embaixo" da Lua, haverá maré alta. Cerca de seis horas mais tarde, a rotação da Terra terá levado esse ponto a 90° da Lua, e ele terá maré baixa. Dali a mais seis horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da Lua, e terá maré alta novamente.

"Como a Terra segue girando, a rotação faz com que um mesmo ponto passe pela maré alta e pela baixa, em ciclos de 12 horas e 25 minutos, aproximadamente", diz Möller.

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A força gravitacional do Sol também interfere nas marés, apesar de ser com menor intensidade.

Quando a Lua está cheia ou nova, essa força está na mesma direção da atração lunar - isso torna as marés mais altas. Do mesmo jeito, nas fases minguante e crescente, parte da força gravitacional da Lua é anulada; assim, as marés baixas são menos baixas.

Fonte: Redação Byte
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