Um time de beisebol sul-coreano que acumula centenas de derrotas nos últimos anos encontrou uma forma inusitada para encher as arquibancadas de torcedores. A equipe Hanwha Eagles agora conta com robôs que podem torcer, cantar e até fazer a "ola".
Os torcedores que não podem ir aos estádios ou preferem não presenciar mais um vexame podem controlar as máquinas remotamente pela internet e até carregar as suas fotos nos rostos dos robôs.
Para o britânico Matt Cutler, especialista em esporte e editor da revista SportBusiness International, dar aos torcedores uma oportunidade alternativa de comparecer aos estádios é importante para os clubes profissionais.
"É também uma forma de monetizar. Os clubes podem cobrar, mesmo que pouco, para dar aos torcedores um 'ponto de vista' alternativo."
'Galinhas'
Nos últimos cinco anos, o Hanwha Eagles (ou Águias Hanwha) amargou mais de 400 derrotas. Tantas que os torcedores até já atraem a solidariedade do público, por quem foram carinhosamente apelidados de "santos budistas".
Mais debochados, alguns torcedores de outros times preferem chamá-los de Hanwha Chickens (Galinhas Hanwha).
Mesmo que os robôs sejam vistos pelos mais conservadores apenas como um dispositivo, eles podem ser incluídos em algumas estratégias pensadas recentemente para oferecer a torcedores a chance de experimentar jogos de outra forma.
Como parte da candidatura japonesa para sediar da Copa do Mundo em 2022, o país planejava recriar jogos ao vivo usando tecnologia holográfica. Em teoria, isso significaria que vários estádios cheios de torcedores poderiam assistir ao mesmo jogo ao mesmo tempo.
O desenvolvimento da tecnologia acabou sendo adiado depois que o Japão saiu derrotado da disputa, da qual o Catar saiu vitorioso.
Tecnologia transformadora
A curto pazo, soluções tecnológicas simples, que estão sendo implementadas em estádios e arenas, já estão transformando a forma como aproveitamos o esporte.
"Em pouco tempo, quase todos os estádios que recebem partidas da primeira divisão do campeonato inglês vão ter wi-fi", exemplificou Cutler.
"Todo mundo vai com seu telefone hoje para os estádios e fica grudado no aparelho checando outras coisas. Já era o tempo em que as pessoas ficavam imersas no jogo."