Os Jogos Olímpicos de Paris, uma das edições mais tecnológicas da história, trazem também um novo marco para o esporte: o uso de tecnologias para aprimorar o desempenho dos atletas nos treinos e competições.
Os aparatos mais "básicos" incluem os wearables, que fazem parte os fones de ouvido de última geração e smartwatches. Além destes aparatos, a tecnologia no esporte engloba também os aplicativos de análise de desempenho até o avanço da inteligência artificial e realidade aumentada.
Segundo especialistas, as inovações tecnológicas estão possibilitando termos insights valiosos sobre a performance esportiva e monitorar em tempo real variáveis como frequência cardíaca, níveis de fadiga e padrões de movimento.
Além disso, a análise de dados está se tornando uma ferramenta essencial para técnicos e treinadores, que agora podem tomar decisões mais estratégicas com base em informações assertivas. E o melhor: de forma mais personalizada, respeitando as características de cada atleta.
Inteligência Artificial no esporte
A pesquisa mostra que 10 das startups analisadas aplicam inteligência artificial em suas soluções com o intuito de realizar análise avançada de dados em tempo real, prevenção de lesões, personalização da experiência do fã, otimização de treinos e atividades, desenvolvimento de estratégias esportivas baseadas em dados históricos e automatização de processos.
Para Guilherme Massa, Cofundador e CMO da Liga Ventures, quando se trata de esporte de alto rendimento, hoje é comum ver jogadores profissionais de futebol usando GPS para monitorar deslocamento em campo, assim como clubes criando áreas de BI para aprimorar o scouting.
No basquete e no vôlei também vemos um fortalecimento dessas áreas. Porém, em outras modalidades ainda há muito para desenvolver, disse Massa em comunicado.
“Tratamentos visando uma rápida recuperação física, alimentação e suplementação personalizadas, e treinamentos individualizados são alguns dos segredos das melhores equipes e competidores. Porém, já existem soluções “faça você mesmo” para avaliar a biomecânica de atletas de várias modalidades como forma de nivelar os atletas top dos demais, inclusive com auxílio de IA".
Segundo o especialista, isto faz com que vejamos um desenvolvimento grande de várias modalidades e, por consequência, dos seus mercados, de modo a ajudar que mais pessoas possam seguir numa carreira profissional em esportes com bons índices.
"O que falta ainda é mais continuidade no apoio governamental somado a uma visão mais empreendedora de marcas e dirigentes”, incluiu o executivo.
Startups esportivas
Conforme dados do estudo “Startup Landscape: Sportstechs”, lançado recentemente pela Liga Ventures, que mostra a evolução das startups de esportes no país, ao todo foram mapeadas 144 sportstechs ativas.
Elas estão divididas em 11 categorias como:
- Gestão de jogos, torneios e eventos (14,58%);
- Conteúdo digital e streaming (11,81%);
- Gestão de estabelecimentos esportivos (11,81%);
- Gestão de treinos e exercícios (11,81%);
- Marketplace esportivo (11,81%);
- Inteligência de dados esportivos (10,42%);
- Serviços esportivos (10,42%);
- Performance esportiva (6,25%);
- Conexão e busca por oportunidades (5,56%);
- Apostas esportivas (4,17%);
- Blockchain e serviços financeiros (1,39%).