A Samsung quer restaurar sua liderança no mercado global de celulares inteligentes apostando em aparelhos sofisticados, com telas curvas e cheios de recursos difíceis de serem replicados por rivais.
A empresa sul-coreana quer que seus produtos, como o Galaxy Note Edge - aparelho com a tela curva rígida - se destaquem entre uma série de rivais de telas planas. Mas, para ter rentabilidade precisará produzí-los a baixo custo e convencer desenvolvedores a projetar aplicativos compatíveis com o novo formato.
Prestes a registrar seu pior lucro anual em três anos, a Samsung está cercada por rivais chineses como Xiaomi e Lenovo, que produzem aparelhos com tela sensível ao toque (touchscreen) e dotados de todas as funções, porém mais baratos.
Apenas a Apple tem conseguido manter um caráter totalmente premium a sua marca.
Telas grandes e curvas
A tendência da indústria de produzir aparelhos com telas cada vez maiores torna difícil o desenvolvimento de designs únicos, disse Kim Nam-su, projetista sênior da Samsung e arquiteto do Note Edge.
"Uma mudança de plataforma pode trazes uma variedade de novas considerações... Creio que uma tela curva é uma grande solução para superar estes desafios", disse ele.
O Note Edge não é o primeiro aparelho a usar um formato que não seja totalmente plano. Mas a borda curvada do aparelho é projetada para ser mais que um artifício e oferece atalhos para aplicativos e recursos de personalização.
"Toda a vez que a indústria de telefonia móvel viu avanços foi quando a experiência de uso ou interação foi alterada", disse o analista Neil Shah, da Counterpoint.
"Talvez agora a Samsung com um aparelho curvado, ou telas flexíveis, possa desenvolver uma nova forma de interação com dispositivos portáteis, promovendo um ecossistema ao redor dela", afirmou.
À venda na Coreia do Sul desde outubro por quase US$ 1.000 e também no Japão, o Note Edge em breve vai ser lançado nos Estados Unidos.
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