A Samsung planeja lançar o primeiro smartphone utilizando seu sistema operacional Tizen no segundo semestre, marcando a mais recente tentativa da companhia de montar seu próprio ecossistema de aplicativos e reduzir a dependência sobre o Android, do Google.
A companhia sul-coreana disse nesta segunda-feira que o Samsung Z, com tela de 4,8 polegadas de alta definição AMOLED e oferece recursos como leitura de digitais, será revelado na Tizen Developer Conferece, em San Francisco, na próxima terça-feira.
O aparelho será disponibilizado na Rússia, entre julho e setembro, com outros mercados na sequência, disse a companhia em um comunicado sem especificar quais. A empresa ainda aponta que o Samsung Z ainda terá processador de 2.3 GHz, câmera de 8 megapixels traseira e 1,2 megapixels frontal, 2 GB de memória RAM e 16 GB de espaço para armazenamento, além do sistema operacional Tizen 2.2.1.
A Samsung não ofereceu previsões de vendas ou por quanto o telefone será vendido, embora um executivo tenha dito à Reuters em abril que a companhia está trabalhando em ao menos dois modelos usando o Tizen e que serão lançados "em alguns países onde podemos ter um bom desempenho".
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Futuro do Tizen
O Samsung Z será o esforço mais recente da gigante de eletrônicos de angariar força para o Tizen, com os relógios inteligentes Gear 2 também usando a plataforma. A maioria dos dispositivos móveis da Samsung utilizam a plataforma Android.
O esforço da empresa para desenvolver seu próprio sistema operacional tem enfrentado atrasos em lançamentos de produtos, o que tem minado as expectativas. Um executivo da companhia sul-coreana afirmou à agência em abril acreditar que o Tizen precisa ser responsável por até 15% das vendas de smartphones da Samsung para ser considerado um sucesso.
"Há muito espaço e oportunidade para um forte terceiro fornecedor de plataforma. Se você conseguir 10% de um mercado de 2 bilhões de unidades em smartphones (até 2018), isso será uma oportunidade", disse Rachel Lashford, analista da Canalys em Cingapura. Porém, muitos na indústria têm dúvidas sobre o Tizen e há questões sobre o nível de comprometimento da Samsung sobre a plataforma, disse Lashford.
A Samsung não revelou quantos aplicativos estão disponíveis para o Tizen.