O SIM Swap ou golpe da portabilidade voltou a fazer vítimas na última semana, como a Tassiane Cruz no TikTok e a jornalista Maju Mendonça, com mais de 2,4 milhões de seguidores. Por ser um tema que muita gente ainda cai e gera prejuízo para pessoas, a Kaspersky explica como ele funciona para que todos fiquem atentos a alguns sinais de roubo da conta.
Conhecida popularmente como “clonagem dos chips do celular”, essa é uma técnica que permite ao “dono” da linha ativar o número em outro chip. Os golpistas, porém, estão constantemente enganando as operadoras de celular para fazer a portabilidade do número do dispositivo roubado para um novo chip.
Com essa portabilidade, os criminosos conseguem não apenas roubar credenciais e capturar senhas de uso único (OTPs) enviadas por SMS, mas também roubar dinheiro das vítimas e acessar redes sociais.
Passo a passo: como funciona o golpe
O golpe começa com a coleta de dados das vítimas por meio de e-mails de phishing, engenharia social, vazamentos de dados ou até pela compra de informações de grupos criminosos organizados.
Depois de obter os dados necessários, o cibercriminoso entra em contato com a operadora móvel, passando-se pela vítima, para que faça a portabilidade e ative o número do telefone no chip do fraudador.
Quando isso acontece, o telefone da vítima perde a conexão (voz e dados) e o fraudador recebe todos os SMSs e chamadas de voz destinados à vítima. Assim, todos os serviços que dependem da autenticação de dois fatores ficam vulneráveis.
O que fazer para evitar ser uma vítima
Quando possível, os usuários devem evitar usar a autenticação de dois fatores via SMS, optando por outros métodos, como a geração de uma autenticação única (OTP) via aplicativo móvel (como o Google Authenticator) ou o uso de um token físico.
Infelizmente, alguns serviços online não apresentam alternativas. Nesse caso, o usuário precisa estar ciente dos riscos.
Quando é solicitada a troca do chip, as operadoras devem implementar uma mensagem automatizada que é enviada para o número do celular, alertando o proprietário de que houve uma solicitação de troca do chip e, caso ela não seja autorizada, o assinante deve entrar em contato com uma linha direta para fraudes.
Isso não impedirá os sequestros, mas avisará o assinante para que ele possa responder o mais rápido possível em caso de atividades maliciosas. Caso a operadora não ofereça esse tipo de serviço, o usuário deve entrar em contato solicitando um posicionamento a respeito.
Para evitar o sequestro do WhatsApp, os usuários devem ativar a dupla autenticação (2FA) usando um PIN de seis dígitos no dispositivo, pois isso adiciona uma camada extra de segurança que não é tão fácil de burlar.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.