O Google está testando carros com piloto automático na Califórnia. Na última terça, a empresa levou jornalistas do setor de tecnologia nos Estados Unidos para dar “uma volta” nos automóveis Lexus RX 450h que possuem um laser no topo do carro, girando o tempo todo em 360º para guiar pelas ruas.
"Os computadores têm bons tempos de reação. Não se distraem, nem têm sonolência, nem dormem e não dirigem bêbados", afirmou Dmitri Dolgov, um dos responsáveis do projeto, durante uma apresentação de protótipos para a imprensa no Museu da História do Computador de Mountain View (oeste da Califórnia).
O Lexus branco que dirige sozinho realizou todas essas tarefas assim que a empresa o "ensinou" como as pessoas conduzem, em um projeto que começou há cinco anos. Assim, graças a um dispositivo colocado no teto que utiliza tecnologias de radar e laser, o automóvel registra tudo ao seu redor. Enquanto isso, uma câmera à frente do veículo observa tudo o que está adiante.
Toda a informação coletada é processada por computadores a bordo do automóvel que estão programados para simular rapidamente o que um motorista responsável faria. Finalmente, mas não menos importante, o carro do Google estará conectado à Internet.
O carro funciona utilizando detalhes de mapas digitais que mostram como supostamente devem ser as ruas, para logo agregar variáveis do mundo real, como o tráfego.
Assim, o automóvel não pode funcionar em lugares que não tenham sido mapeados pelo Google e que não disponha de detalhes como limite de velocidade ou localização dos sinais de trânsito, de acordo com o responsável grupo de mapeamento Andrew Chatham. "O Google diz ao carro como é o mundo vazio. Logo, o trabalho do programa é determinar o que está acontecendo", disse Chatham.
Testes e futuro do programa
Os carros protótipos do Google percorreram mais de 160 mil quilômetros em vias públicas, sempre com alguém pronto para assumir o volante em caso de necessidade. Até o momento, estes automóveis sofreram apenas dois acidentes enquanto eram conduzidos pelo piloto automático. Nos dois casos, o acidente aconteceu com uma batida na parte traseira do veículo parado no sinal de trânsito, segundo o diretor do projeto Chris Urmson.
"Estamos realmente convencidos de que concluímos o projeto e de que podemos fazê-lo funcionar", disse sobre sua confiança nestes veículos. Urmson espera que os carros possam chegar ao mercado quando alcançarem a maioridade.
O cofundador do Google, Sergey Brin tem uma meta mais ambiciosa - poder contar com os veículos nos próximos quatro anos.