O solstício de dezembro marca o início do verão no hemisfério sul e o inverno no hemisfério norte, trazendo consequências para a vida no planeta.
O mês de dezembro conta com uma série de eventos astronômicos que são importantes para quem habita a Terra. Um deles é o solstício, um acontecimento que está relacionado a uma série de comportamentos humanos ao longo de milênios e que traz consequências para a vida no planeta até hoje.
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O solstício ocorre na mesma data nos hemisférios norte e sul, em duas épocas distintas do ano. Porém, esse fenômeno astronômico traz diferentes situações para cada uma das partes que dividem a Terra.
No Brasil, localizado no hemisfério sul, o solstício tem relação com o período de verão, perto do final do ano, e com o inverno no começo do segundo semestre.
O que é solstício?
O solstício é um fenômeno da astronomia no qual a incidência dos raios solares na Terra é maior ou menor em cada um dos hemisférios. Isso ocorre, basicamente, por três fatores:
- O movimento de translação da Terra, no qual o planeta gira em torno do sol durante o período de, aproximadamente, 1 ano;
- A rotação da Terra em torno de si mesma, que tem duração de 24 horas;
- O ângulo de inclinação do planeta de 23,4° em relação ao seu próprio eixo.
Esses três fatores fazem com que, duas vezes por ano, um dos hemisférios receba mais luz solar, enquanto o outro recebe menos luz durante o mesmo período. Isso determina as estações de inverno e de verão no hemisfério norte e no hemisfério sul.
Quando o sol incide mais sobre o Trópico de Capricórnio, significa que o hemisfério sul terá maior incidência da luz solar, o que determina o verão. Durante o mesmo período, será inverno no hemisfério norte, região que receberá menos a luz do sol.
Quando a situação se inverte, o sol incide com mais força sobre o Trópico de Câncer, o que determina o verão no hemisfério norte. O oposto acontece no hemisfério sul: será inverno, já que menos raios solares incidirão sobre a região.
Além disso, em determinadas épocas do ano a luz do sol ocorre com mais intensidade na região do planeta próxima à Linha do Equador, no centro da Terra.
Esse período determina o início da primavera e do outono em cada hemisfério e é conhecido como equinócio.
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No caso do solstício, é possível perceber, no céu, a sensação de que o sol está em uma posição estática durante semanas, parado no mesmo lugar. Por isso, o termo solstício tem origem no latim que significa “sol imóvel” (sol + sistere).
O que é o solstício de dezembro e como funciona?
O solstício de dezembro é o período em que os raios solares incidem com mais força no hemisfério sul, marcando o início do verão por aqui. O início desse momento ocorre, em geral, no dia 21 de dezembro, data que costuma representar também o dia mais longo do ano na parte sul da Terra, com a maior quantidade de horas de luz solar.
A data também marca o solstício de inverno no hemisfério norte, assim como o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Assim, enquanto os dias de verão na porção sul do planeta tendem a ser mais longos, na parte norte os dias são mais curtos. Já as noites terão maior duração, sendo que o oposto ocorre no hemisfério sul.
O outro solstício do ano costuma ocorrer em 21 de junho. Nessa data, haverá maior luz do sol no hemisfério norte, o que marca o começo do verão e de dias mais longos. Já no hemisfério sul, será o começo do inverno, com noites mais longas.
Quais as consequências do solstício?
O solstício traz uma série de consequências para os seres humanos reverberam há milênios até os dias atuais. Uma das principais características dos solstícios é a maior duração dos dias durante o solstício de verão, ao mesmo tempo em que as noites ficam mais longas durante o solstício de inverno.
As diferenças na incidência solar em cada solstício pode ter influenciado, por exemplo, a construção de monumentos históricos, como Stonehenge, na Inglaterra, no hemisfério norte, e Machu Picchu, no Peru, no hemisfério sul. Isso porque a luz solar de cada solstício de verão interage e se alinha com determinadas partes das construções.
Além disso, a maior ou menor incidência de sol em cada hemisfério influencia o clima na Terra, a duração dos dias e, a partir disso, as atividades dos seres humanos, como o plantio, a colheita, as festas ou mesmo o período de funcionamento de determinados locais ou a realização de festas, por exemplo.
No Brasil, acredita-se que as festas juninas foram trazidas ao Brasil pelos invasores portugueses, que realizavam na Europa celebrações para comemorar as boas colheitas influenciadas pelo solstício de verão no hemisfério norte, em junho.
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