A japonesa Sony planeja reduzir suas linhas de TVs e celulares para cortar custos, contando com um avanço multibilionário da receita advinda da unidade do videogame PlayStation 4 e do negócio de sensores de imagem nos próximos três anos.
Tendo perdido terreno para rivais mais ágeis como Apple e Samsung em produtos eletrônicos direcionados para o consumidor, a Sony disse nesta terça-feira que sua meta para TVs e smartphones é voltar ao lucro, mesmo se as vendas chegarem a recuar 30%.
"Não estamos mirando tamanho ou participação de mercado, mas maiores lucros", disse Hiroki Totoki, recém-nomeado chefe da divisão de aparelhos móveis em uma conferência para investidores.
Um desempenho fraco de seus smartphones Xperia pesou fortemente sobre os resultados financeiros recentes da empresa, e a Sony disse que planos mais detalhados para a unidade serão revelados antes do fim de março.
Com o corte de custos a caminho em algumas divisões, a Sony também não planeja renovar seu contrato de patrocínio de futebol com a Fifa no ano que vem, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.
Sob seu novo plano de negócios de três anos para eletrônicos, a Sony disse que está mirando um aumento das vendas para sua divisão de videogames em um quarto para até 1,6 trilhão de ienes (US$ 13,6 bilhões).
A empresa disse que será ajudada por serviços de distribuição de conteúdos de TV, vídeo e música personalizados que devem elevar a receita por usuário pagante.
Em sua divisão de dispositivos, que abriga o negócio de sensores de imagem, a Sony disse que as vendas podem aumentar 70% para até 1,5 trilhão de ienes. As vendas de sensores já são robustas, uma vez que eles são empregados em iPhones da Apple e estão sendo cada vez mais adotados por fabricantes de aparelhos chineses.
As ações da Sony encerraram o pregão em alta de 6% com esperanças de que as novas medidas mostrem um maior senso de urgência por parte da empresa, enquanto o índice Nikkei subiu 0,3%.