A Sony anunciou, na segunda-feira, a volta do Walkman, que fez fama nos anos 1980 e 1990 como símbolo máximo de independência e apreço pelo prazer solitário que a música pode dar. O aparelho, que surgiu como um tocador portátil de fitas K7 no final dos anos 1970, volta ao mercado em 2015 como um reprodutor, também portátil, de arquivos digitais de áudio em alta definição.
“Calma, ninguém precisará se desfazer de sua imensa coleção de MP3”, brincou Mike Fasulo, presidente e COO da Sony Electronics, durante coletiva de imprensa que antecede a CES 2015, maior evento de tecnologia do mundo. “O novo Walkman vem com software que aprimora a qualidade do som de arquivos com compressão para reproduzí-los de maneira mais fiel possível à gravação original”. Porém, arquivos sem compressão, ou seja, mais pesados, mas com mais qualidade, serão os que mais se beneficiarão do novo gadget.
Na linha dos dispositivos móveis, a empresa anunciou ainda uma nova opção de seu relógio inteligente, o Smartwatch 3, único no mercado, segundo a Sony, com GPS integrado. Agora, quem comprar o dispositivo poderá usá-lo com duas novas opções de pulseiras - uma de metal e outra de couro - ou ainda adquirir apenas o corpo do relógio de pulso e usá-lo com a pulseira que achar mais bonita.
E para não ficar atrás no enorme e crescente segmento de “action cameras”, ou “câmeras de ação” - criado e explorado com maestria pela GoPro - a Sony também anunciou a 4K Handycam. Acompanhado da estrela internacional do Skate Tony Hawk, Fasulo estava especialmente orgulhoso com o preço do dispositivo: US$ 1 mil, bastante competitivo no segmento.
TV mais fina que celular e sistema operacional Android
Se a marca surpreendeu ao anunciar uma televisão mais fina que boa parte dos celulares no mercado - a nova Bravia XBR X900C, disponível em 55 e 65 polegadas, tem 0,2 polegada de espessura - não foi exatamente uma surpresa descobrir que, a partir de 2015, toda linha da TVs inteligentes da japonesa rodará o sistema Android, do Google.
O anúncio foi muito bem vindo, já que a plataforma deve ajudar a contornar problemas comuns em TVs inteligentes, como dificuldade de navegação e integração com outros dispositivos, além de lentidão. “Se o sujeito chega em casa vendo um filme no celular e quer continuar vendo o mesmo filme na televisão, ele vai conseguir fazer isso apertando um só botão”, diz Fasulo, da Sony Electronics. “E se ele tiver um Smartwatch 3, ainda dá pra controlar tudo por comandos de voz dados ao relógio”.
* O jornalista viajou a convite da Qualcomm