Spotify tenta reverter ‘cancelamento’ após ‘desinformação’

Neil Young e Joni Mitchell, que tiveram poliomielite, abandonaram a plataforma e deram início a movimento.

1 fev 2022 - 06h30
Foto: Alexander Shatov / Unsplash

Indignados com o Spotify, por permitir que o podcast do comediante Joe Rogan promova desinformação sobre vacinas, os veteranos artistas Neil Young e Joni Mitchell pediram para sair. Foi a deixa para que começasse um movimento de cancelamento da plataforma de streaming mais popular do mundo e para que esta se movimentasse para conter danos.

O CEO do Spotify, Daniel Ek, divulgou um comunicado em resposta. Ek apresentou as etapas que a empresa planeja seguir para combater a desinformação do Covid-19, em grande parte centrada em um plano para adicionar avisos de conteúdo a cada episódio de podcast que inclua uma discussão sobre o Covid-19.

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“Este aviso direcionará os ouvintes ao nosso dedicado Covid-19 Hub, um recurso que fornece acesso fácil a fatos baseados em dados, informações atualizadas compartilhadas por cientistas, médicos, acadêmicos e autoridades de saúde pública em todo o mundo, bem como como links para fontes confiáveis”, diz o comunicado. 

Ele também diz que a empresa tornou suas regras de plataforma atuais transparentes e visíveis pelo público pela primeira vez. As regras descrevem o que não pode ser publicado no Spotify, incluindo “conteúdo que promova informações médicas falsas ou perigosas enganosas que possam causar danos offline ou representar uma ameaça direta à saúde pública”. 

Os exemplos incluem afirmações de que o COVID-19 é uma “farsa ou não-real” ou “incentivar as pessoas a se infectarem propositalmente com o COVID-19 para criar imunidade a ele”. Os infratores da política arriscam a remoção de conteúdo e os infratores reincidentes correm o risco de suspensões ou banimentos de contas.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, foi ao Twitter elogiar Neil Young. “Obrigado por se erguer contra a desinformação a respeito das vacinas para covid”, ele escreveu. “As plataformas têm um papel a cumprir para encerrar a pandemia e a infodemia.” 

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Adhanom vem argumentando que tão grave quando a da doença é a pandemia de desinformação.

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