Ler na mesma linha as palavras “beleza” e “Inteligência Artificial” talvez te transporte para um universo de belezas virtuais. Divas 3D perfeitinhas, daquelas que parecem pintadas com aerógrafo. Ou talvez você pense em filtros incríveis para redes sociais, que farão de cada pessoa versões melhoradas da popstars ou top models.
Mas a IA Generativa aplicada à indústria da beleza não tem nada a ver com isso. O que está acontecendo é o aparecimento de novos modelos de negócio. E a mutação de algumas das empresas mais tradicionais de beleza e cosméticos em Beauty Techs.
É natural que a L'Oréal, pioneira e gigante do segmento, seja das que está mais à frente. Sua Modiface é uma entidade de Realidade Aumentada e IA. Seu núcleo de inovação lançou um serviço digital de diagnóstico de pele baseado em deep learning, com mais de 6 mil imagens.
Seus modelos incluem selfies de milhares de pessoas de diversos grupos étnicos diferentes, de idades variadas, em diversas situações de iluminação do ambiente. E isso é só o começo.
A IA impactará todos os aspectos deste mercado. De atender mais rapidamente a demanda ao ESG. Do e-commerce ao live commerce.
Vem aí os estilistas IA. Vem aí a customização do atendimento, ao vivo e com Realidade Aumentada. Vem aí análises hiperprecisas da sua pele e cabelo, acompanhadas de recomendações ultrapersonalizadas. Vem aí uma versão de beleza mais responsável e inclusiva. Vem aí um mercado “AI in Beauty and Cosmetics” de mais de US$ 13 bilhões em 2030, segundo estudo de mercado realizado pela InsightAce Analytic, um crescimento de quase 20% ao ano.
(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, de soluções digitais.