Essa estrela, situada a 550 anos-luz da Terra, no constelação de Touro, possui 10 milhões de anos, aproximadamente 1/3 do brilho do Sol atual, e tem seu brilho variando de maneira aleatória.
É possível sequer imaginar o nosso Sol quando jovem? Durante seus anos de formação, a estrela era muito ativa, aproximadamente 4,6 bilhões de anos atrás. Ela tinha explosões frequentes, apesar de ter aproximadamente um terço a menos do brilho que possui hoje.
Cientistas sugerem que, embora o sol primitivo tivesse uma estatura fraca naquele período, foi o suficiente para manter a Terra aquecida o suficiente para permitir vida no planeta.
Com o passar do tempo, à medida que o Sol iniciou a fusão nuclear de hidrogênio em hélio, ele foi ficando mais quente e mais brilhante, evoluindo ao longo de milhões de anos até se tornar a estrela brilhante e estável que conhecemos hoje.
Graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, é possível testemunhar estrelas jovens e similares ao Sol em outros cantos do Universo. Uma delas é a HP Tau, vista no topo de um trio de estrelas brilhantes na imagem mais recente do Hubble.
Elas estão dentro de uma cavidade oca, numa nuvem ondulante de poeira e gás, que brilha uma cor azulada ao refletir a luz estelar em seus densos redemoinhos.
HP Tau tem apenas 10 milhões de anos, sendo considerado a mais nova entre os outros. Situado a aproximadamente 550 anos-luz da Terra, na constelação de Touro, ela ainda não iniciou o processo de fusão nuclear, necessário para obter energia e luz.
A estrela ainda está envolta em espessas nuvens de gás e poeira de onde se formou, mas a estimativa de cientistas é que eventualmente, ela ficará parecida com o Sol que conhecemos.
O brilho de HP Tau varia ao longo do tempo, tanto de maneira periódica quanto aleatória, algo que cientistas acreditam ser ocasionado pela natureza caótica da estrela. Essas mudanças no brilho de HP Tau podem ser o resultado de materiais que caem nela e estão sendo absorvidos.
Já as variações mais padronizadas podem ser causadas por manchas solares que aparecem na estrela e giram para dentro e fora do nosso campo de visão, explicam os cientistas.
Já que o nosso Sol continuará a viver depois que morrermos, astrônomos estão interessados em estudar estrelas semelhantes ao Sol em diversos outros locais do Universo, para encontrar essas estrelas em diferentes estágios de seu ciclo de vida e assim, entender melhor o passado, assim como o presente e tirar conclusões sobre o futuro.