Telescópio James Webb acha galáxias massivas que "nem deveriam existir"

Galáxias datam 500 a 700 milhões de anos após o Big Bang e estão "recheadas" de estrelas vermelhas

23 fev 2023 - 11h39
(atualizado às 11h40)
Essas imagens fornecidas pela Nasa e pela ESA mostram seis galáxias massivas
Essas imagens fornecidas pela Nasa e pela ESA mostram seis galáxias massivas
Foto: NASA, ESA, CSA, I. LABBE

O telescópio James Webb não para de surpreender e desta vez, ajudou cientistas a encontrarem o que parecem ser galáxias massivas que datam de 500 a 700 milhões de anos após o Big Bang. A descoberta sugere que o universo primitivo pode ter tido uma trajetória estelar que produziu essas estruturas gigantes.

Não é novidade que o Webb tenha localizado galáxias tão antigas, como as datadas de apenas 300 milhões de anos desde o início do universo.

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No entanto, o que chama atenção desta vez é o tamanho e a maturidade dessas seis megagaláxias, tão massivas quanto a Via Láctea. As descobertas foram publicadas na quarta-feira (22), em um artigo na Nature. 

Recheadas de estrelas vermelhas

De acordo com os cientistas, as imagens estão em conflito com as ideias existentes de como o universo parecia e evoluiu em seus primeiros anos e não correspondem às observações anteriores feitas pelo Hubble.

Joel Leja, professor assistente de astronomia e astrofísica na Penn State e um dos autores do estudo, disse ao Space que havia expectativas específicas para o tipo de galáxia que vive no início do universo: elas são jovens e pequenas.

"Estudos anteriores do universo primordial com o Hubble e outros instrumentos tendem a encontrar pequenas galáxias azuis em tempos primitivos: objetos que se formaram recentemente a partir da sopa cósmica primordial e estão construindo suas primeiras estrelas e estruturas", disse.

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Para fins de comparação, as estrelas jovens em geral brilham em azul brilhante. Com mais idade, desenvolvem um brilho mais vermelho à medida que queimam seu combustível e esfriam. 

Nas galáxias antigas que o Webb foi construído para identificar, os pesquisadores não estavam esperando observar um mar de estrelas velhas brilhando em vermelho.

Outra coisa que surpreendeu a equipe foram galáxias com mais massa do que talvez um bilhão de sóis. "Estima-se que as galáxias mais massivas em nossa amostra tenham massas [duas a quatro vezes menores] do que a nossa própria Via Láctea”, disseram.

Apesar da descoberta, mais estudos são necessários. Segundo os cientistas, a distância e a idade das galáxias significam que a natureza delas ainda é incerta. Ou seja, podem vir a ser buracos negros supermassivos, por exemplo.

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Fonte: Redação Byte
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